PARA CONTINUAR LENDO A MENSAGEM REGISTRE-SE OU ENTRE NA SUA CONTA.||”Há uma interação positiva dos animais com as crianças e, principalmente, é uma atividade supervisionada por profissionais, o que pesou no parecer técnico que será submetido à coordenação nacional do órgão”, diz o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Henrique Pereira.
Simões solicitou a autorização para o trabalho com o aval de um veterinário especialista em animais amazônicos, Anselmo Da’Fonseca, de uma bióloga especialista em botos, Vera da Silva, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e de uma médica hematologista do Instituto de Hematoterapia do Amazonas (Hemoan), Socorro Sampaio, que acompanha mensalmente à bototerapia pelo menos 10 crianças em tratamento naquele hospital.
“O que queremos é continuar o trabalho, hoje realizado no hotel Ariaú, e também buscar patrocínio para o sonho de construir um hospital flutuante só para a bototerapia, com a capacidade para atender a mais crianças, sempre gratuitamente”, explica o fisioterapeuta. Hoje, o atendimento gratuito é feito apenas uma vez por mês. O hotel de selva, no rio Negro, banca a ida das crianças e suas refeições no dia da terapia.
O parecer técnico do Ibama do Amazonas determina que o projeto de bototerapia tenha “sensibilização e educação ambiental contínua, com presença de biólogo, veterinário e profissionais da saúde, oferecimento de quantidade limitada de alimentos, 0,5% do peso do animal – em torno de 4 peixes por dia -, com dias de não atividade e descanso, e limite máximo de 30 pessoas por dia, alternando com dia de não atividade e treinamento”.
De acordo com o superintendente do Ibama, o parecer pretende ser estendido para uma regulamentação das atividades onde existe interação com os golfinhos de rios, das espécies vermelho (Inia geoffrensis) e tucuxi (Sotalia fluviatilis). Na bototerapia, os botos são os vermelhos, conhecidos também como botos cor-de-rosa
“Infelizmente, botos amazônicos têm sido utilizados em atividades turísticas, sem acompanhamento técnico e em condições desfavoráveis ao animal. A proposta de normatização deverá ser um marco na regulamentação das atividades que envolvem essas espécies no País”, almeja. {/accesstext}