No espaço, pessoas com deficiências mental e física e autistas farão atividades que visam desenvolver as habilidades motoras necessárias para melhor qualidade de vida no dia-a-dia. O objetivo é proporcionar maior autonomia e independência dos pacientes. As atividade contemplam prevenção, orientação e tratamento da comunicação oral e escrita, voz, audição e funções de mastigação, deglutição e respiração.
Atualmente, estas atividades são realizadas nas instalações da própria Apae, que não consegue atender toda a demanda. Com área total estimada em 1.600 metros quadrados de construção, cujo valor não foi revelado, o Centro de Reabilitação beneficiará moradores de 38 municípios da região de Bauru e Botucatu. O primeiro módulo do Centro de Reabilitação terá 300 metros quadrados. “Há uma década sonhamos e lutamos por isso”, afirma a presidente da associação na cidade, Olga Bicudo Tognozzi.
Há 43 anos em Bauru, a Apae presta serviço gratuito para mais de mil pessoas nas áreas da saúde, educação e assistência social. “Nosso objetivo é proporcionar melhor condição de vida para os nossos usuários, para que eles sejam respeitados como verdadeiros cidadãos”, frisa a presidente.
Membro da Federação Nacional das Apaes, a entidade de Bauru coordena um projeto em redes que possibilita a troca de informações entre as unidades e a divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelas associações por meio da Internet.
Referência na região de Bauru, a Apae da cidade foi destaque no Brasil ao receber receber o prêmio “Ação Inovadora”, no Congresso Nacional da Apae, realizado no mês passado. O reconhecimento veio com a criação do projeto “Home Care”, com o objetivo de atender pessoas com deficiência grave que não podem participar das atividades realizadas dentro da instituição. “Criamos uma equipe que vai até a casa destas pessoas para prestar os serviços. Além disso, montamos a Unidade de Cuidados Diários, que hoje atende 40 pessoas com deficiência física e mental grave também nas três áreas”, explica a diretora técnica da Apae de Bauru, Vânia Melo Bruggner Grassi.
Além dos avanços na área de educação fundamental especial, a Apae desenvolve um projeto de inclusão e acompanhamento de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Por ano, 200 usuários participam do trabalho de qualificação profissional. Deste total, cerca de 40 são colocados no mercado de trabalho. “Além da colocação, a gente faz uma acompanhamento para garantir a permanência deles no mercado”, assegura Vânia. “O mais interessante é que os próprios pais desconheciam a capacidade de seus filhos e hoje eles ajudam na renda familiar”, conta Olga.
Criada em 2002 com o objetivo de desenvolver tecnologias que melhoram a vida dos usuários da Apae, a Oficina de Tecnologia Assistiva foi convidada pelas Diretorias Regionais de Saúde das regiões de Marília e Presidente Prudente para participar de um mutirão de entrega de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção.
Projetos
A Apae de Bauru montou, neste ano, dois centros de convivência que presta assistência para os usuários da entidade em todo o ciclo de vida. Além disso, completa um ano da criação da Casa Lar, que abriga 10 meninas com deficiência mental que estavam em situação de pobreza.
Para desenvolver todos estes trabalhos, a Apae recebe verba dos governos Municipal, Estadual e Federal e conta com a colaboração da sociedade. “As verbas governamentais não são suficientes para manter todos os nossos projetos. Por isso, realizamos ações junto à comunidade, como o Almoço Natal Fraternal, a Feira da Bondade, a rifa de final de ano, além de contar com o quadro de sócios”, explica Olga Tognozzi.
A Apae conta com mais de 180 funcionários divididos em equipe técnica, de professores e de apoio. Mais informações pelo telefone (14) 3104-2831.