ACRE

Sem fácil acesso a calçadas, cadeirante circula pelas ruas

Hoje, Dia Internacional das Pessoas com Deficiências, se um cadeirante decidir circular pelo Centro de Bauru, terá de transitar pela rua. E não é por opção. Trata-se da única alternativa possível frente à grande quantidade de rampas inadequadas e também da falta delas. O estudante de direito e artista plástico Takao Kajino, por exemplo, sente o problema na pele. Embora estabeleça um trajeto específico para permanecer o máximo possível nos passeios, em vários momentos divide espaço com os veículos na via pública.

“Apenas 20% das rampas existentes na cidade estão em estado adequado de uso, e faltam pistas para cegos em grande parte dos bancos, além de outras modificações”, comenta. Ex-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Comude), Kajino admite que a cidade avançou bastante nos últimos anos em relação à adequação do transporte aos cadeirantes. Porém, o caminho é bastante longo até que seja possível suprir as necessidades dos bauruenses com deficiência.

Atualmente, de acordo com o Comude, são cerca de 40 mil pessoas nesta situação em Bauru, incluindo todos os que têm algum tipo de deficiência. Para cada um, a realidade não é fácil e segue o que parece ser rotineiro em grande parte do País: a falta de infra-estrutura básica que possa auxiliar esses cidadãos em suas atividades comuns, como o simples fato de sair de casa e estudar, por exemplo.

Por essa razão, o Dia Internacional de Pessoas com Deficiência, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), ainda é motivo de muita luta e também de orgulho para as pessoas que, mesmo com limitações no dia a dia, não desistem. Elas continuam batalhando por seus direitos, por uma vida mais digna, com menos preconceito e barreiras.

Rumo à acessibilidade, a assessoria de imprensa da administração municipal informa que rampas de acesso estão sendo colocadas nas praças e calçadas construídas pela prefeitura. Além disso, a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), desde 2005, não aprova projetos de construção, reforma ou ampliação e nem libera licença de uso de solo (antigo alvará de funcionamento) para órgãos públicos sem a inclusão das obras de acessibilidade exigidas por lei.

Related posts

Embalagens de medicamentos conterão informações em braile, diz Anvisa

Eraldobr

Será que existe mesmo prioridade em situações de emergência?

Eraldobr

Deficientes podem adaptar veículos nas categorias C, D e E

Eraldobr

Leave a Comment