O local escolhido para abrigar as delegacias é o antigo prédio do Plamta, localizado entre a Rua José dos Santos e Silva e Coelho de Rezende. Com três pavimentos, o local não possui rampas ou elevador para acesso de deficientes e idosos aos andares superiores.
Representantes das Associações de deficientes físicos de Teresina e do Piauí, Conselho Estadual, Coordenadoria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Ceid) e grupo Matizes estiveram reunidos ontem com o Delegado Geral da Polícia Civil, James Guerra, para exigir que as delegacias da cidade sejam completamente adaptadas, de acordo com a Lei Estadual nº 5374/2004, que obriga a Administração Pública a adaptar prédios públicos para o acesso a pessoas com deficiência.
De acordo com a presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Teresina, Carla Cléia, a proposta de mudança da delegacia é um retrocesso aos direitos dos deficientes. “Mudar as delegacias para um prédio em que a acessibilidade é ainda menor do que a anterior é um absurdo.
No prédio atual da delegacia de Combate às Práticas Discriminatórias existem rampas e barras de apoio, mas não tem banheiro adaptado. Neste novo prédio, nem rampas e elevador existem, então não teremos acesso aos andares superiores”, explica.
Durante a reunião foram levantadas várias propostas. Uma delas foi apontada pela Ceid, que se prontificou a arcar com a compra do elevador, contanto que o proprietário do prédio ou a secretaria se responsabilize pela obra.
Outra proposta é que se procure um outro prédio, com capacidade para ser desenvolvido um ambiente acessível, para que sejam colocadas as delegacias.
Ao final da reunião ficou determinado que se criaria uma comissão para, juntamente com o Delegado James Guerra, consultar o engenheiro responsável pela obra, a respeito da capacidade da instalação do elevador ou de construção de rampas de acessibilidade.