Eu estou impressionado como aqui no Piauí há valorização e respeito pelas pessoas com deficiência. Aqui tem muita acessibilidade, as pessoas com deficiência saem nas ruas, elas têm seus direitos respeitos. Na Bahia, onde eu morava, infelizmente não tem isso”. O depoimento é do músico baiano Ricardo Cruz dos Santos, 33 anos, que é deficiente físico e se locomove através de uma cadeira de rodas. Ele participou na manhã desta sexta-feira (19) do Encontro das Pessoas com Deficiência do Piauí realizado no auditório do CEIR (Centro Integrado de Reabilitação), alusivo ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado neste domingo, dia 21 de setembro. Ricardo, que é casado com a piauiense Cláudia, informou que está morando no Piauí e no momento em que participava do evento recebeu a informação de que seu filho Enzo acabava de nascer na Maternidade Evangelina Rosa, que fica em frente ao CEIR. “Assim que terminar este encontro eu vou conhecer meu filho, que é piauiense”, comentou, orgulhoso.A coordenadora Geral da Ceid (Coordenadoria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência), Rejane Dias, agradeceu o depoimento de Ricardo, mas destacou que ainda tem muito trabalho pela frente. “Felizmente toda a sociedade está se envolvendo com a causa da pessoa com deficiência, e essa é a nossa maior conquista, por que tem contribuído na construção desse processo de cidadania. E o Estado está procurando fazer a sua parte através da adoção de políticas públicas. De forma que todos nós estamos envolvidos nessa luta. Porém, mais importante do que comemorar as vitórias alcançadas é refletir sobre o que temos que conquistar”, destacou.Para o superintendente Executivo do CEIR, Francisco Alencar, novas conquistas serão alcançadas de forma mais eficaz com união e luta de todas as entidades de defesa das pessoas com deficiência. “É essa união de todas as pessoas com atuam a favor da causa que favorece as conquistas”, frisou.A presidente da ASCAMTE (Associação dos Cadeirantes do Município de Teresina), Silvania Miranda, disse que a empregabilidade das PCDs é um dos maiores problemas existentes hoje. “Acho que temos sim muitas vitórias, mas entendo que os empresários deveriam dar mais oportunidade para que as pessoas com deficiência possam mostrar o seu potencial”, explicou. O encontro foi encerrado com uma palestra do professor e psicólogo Antonio Roldão.
