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31/03/2025
PARANÁ

Investimento resultou em evolução

O Brasil vive um estranho contraste: engatinha quando o assunto é a defesa dos direitos e inserção do deficiente físico na sociedade, mas é potência esportiva paraolímpica. Nos Jogos de Pequim, o País terminou na nona posição, a melhor da história, à frente de países como a França, a Espanha e a Alemanha. A união de fatores como o talento, o aumento dos investimentos e do número de competições nacionais, além da priorização de modalidades individuais, ajuda a explicar esse fenômeno.

Segundo o gerente de marketing do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Marcos Malafaia, o Brasil sempre teve bons resultados em competições paraolímpicas, mas o grande salto veio a partir da aprovação Lei Piva, em 2001, que permitiu à entidade contar com um orçamento. Com parte do dinheiro arrecadado, a entidade ousou “Compramos os direitos de transmissão dos Jogos de 2004 e distribuímos gratuitamente para as emissoras brasileiras. Com visibilidade, seria mais fácil obter patrocínios”.

Naquele ano, no qual a entidade passou a contar com o apoio da Caixa Econômica Federal, o Brasil fez sua melhor até então e, com isso, o banco passou a organizar um circuito nacional de atletismo e natação. Paralelamente, vários paraolímpicos passaram a contar com o apoio do Bolsa-Atleta. “De Atenas para cá o investimento da Caixa aumentou em seis vezes”, conta Malafaia. “E com um calendário nacional regular, ficou mais fácil se preparar para a Paraolimpíada”, ressalta o nadador Daniel Dias, que voltou de Pequim com oito medalhas, quatro de ouro.

Segundo o diretor de marketing da Caixa, André Lopes, foram investidos R$ 6,390 milhões só este ano. “Além dos atletas também passamos a investir, por exemplo, nos guias (dos deficientes visuais)”. Os resultados logo apareceram. “De Sydney para cá triplicou o número de atletas com índice (em Pequim foram 188)”, conta Malafaia. E na China, o Brasil subiu de 14º para 9º lugar na classificação geral e com 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze.

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