Acessibilidade e inclusão são dois assuntos que ultimamente têm sido debatidos com frequência pela mídia e a sociedade. São temas com significados diferentes, mas que, ao interpretá-los, percebemos que suas ideias e objetivos estão relacionados. A Universidade Paranaense – Unipar está atenta a essa discussão desde que surgiu e respeita as normativas, tanto no ensino aplicado aos futuros professores, quanto ao espaço à estrutura que um aluno com qualquer tipo de deficiência precisa ao entrar em uma instituição de ensino. Nas sete Unidades de ensino, a Unipar recebe 48 alunos com algum tipo de deficiência, física (auditiva e visual) ou psicológica.
Fernando Fioreti Frasson é portador de deficiência auditiva e aluno do 3º ano de Educação Física, em Umuarama. Sua limitação não o impede de ter a mesma rotina dos outros estudantes, comprometida em participar das aulas teóricas e práticas, com responsabilidade e desempenho.
Para assistir as aulas, o estudante conta com a ajuda da intérprete de libras Maria Regina de Souza. “Minha função é ser o elo de ligação entre professor e aluno, para que seja facilitado e acessível sua comunicação dentro do contexto das atividades educacionais”, explica a professora contratada pela Unipar, especialmente para a função.
Ela ressalta que os recursos oferecidos pela Unipar são de extrema relevância para a formação acadêmica de pessoas com necessidades especiais. “Para o estudante surdo é importante que o visual seja explorado, com aulas expositivas e dinâmicas; e na Unipar os professores têm essa preocupação”.
Para o Fernando, estar na Unipar demostra o respeito que a Instituição tem pelas pessoas com deficiência. “Tenho um bom relacionamento com os colegas da sala e os professores, participando de todos os projetos de ensino e extensão do curso. Aqui tenho a oportunidade construir um futuro melhor”.
Guilherme Watanabe é deficiente visual e estudante do curso de Direito na Unidade de Guaíra. Para suas atividades na biblioteca, ele dispõe de um Scanner Óptico. O aparelho faz a leitura em áudio de todos os livros que ele precisa ler. “Essa estrutura reflete o comprometimento que a Instituição tem com a aprendizagem de seus alunos”, diz a diretora, professora Sandra Takahashi.
“É uma iniciativa que ajuda não só a mim, mas a todos os deficientes visuais que estudam aqui. Com o aparelho ficou mais fácil estudar; posso ler todo o material referente ao curso”, alegra-se Guilherme.
Comunidade
A preocupação da Unipar com os portadores de deficiência vai além dos muros da Universidade. Realizado há mais de 10 anos, o projeto de extensão universitária AMA (Atividade Motora Adaptada), do curso de Educação Física, atende pessoas da comunidade com diversos tipos de deficiência, além de crianças com dificuldade de aprendizagem.
Em torno de 60 estudantes participam do projeto, em práticas de ensino e estágio. Natação, basquete e atividades motoras são realizadas todas as semanas por mais de 100 pessoas. Augusto Dadalto, de 22 anos, é uma delas. Vítima de acidente automobilístico, sofreu uma lesão na coluna cervical e está tetraplégico há um ano. “Desde que comecei a participar do projeto me sinto mais feliz. Depois da aula de natação fico relaxado; fisicamente melhorei bastante”, conta.
Para a responsável técnica do AMA em Umuarama, Gabriela Giroto, o projeto é um meio de transformar desafios em grandes aprendizados. “Durante as atividades vamos trabalhando o condicionamento físico dos alunos. E eles são esforçados; têm garra, determinação e muita vontade de viver. Com isso, acabam transferindo essa força pra gente”.
O projeto também está a todo vapor nas Unidades de Toledo e Cianorte.
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