Começam a circular amanhã em São Caetano os dois primeiros táxis adaptados para o transporte de pessoas portadoras de deficiência. O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Iliomar Darronqui vai apresentar os dois veículos adaptados ao prefeito José Auricchio Jr (PTB) no palácio da Cerâmica, às 11hs. Santo André também tem projeto na mesma linha, porém São Caetano será a primeira cidade do ABC a ter o serviço em funcionamento, segundo informou o Sindicato dos Taxistas do ABC. A região tem cerca de 1,5 mil táxis.
Os veículos vão atuar em dois pontos importantes da cidade. “Um vai ficar no ponto próximo a rodoviária e outro junto ao pronto socorro municipal”, disse. Ainda de acordo com Darronqui há uma grande demanda na cidade por esse tipo de serviço.
Os veículos são dois automóveis modelo Dobló adaptados para receberem cadeirantes. Têm o teto mais elevado e o acesso é feito pela porta traseira através de uma plataforma elevatória.
O Sindicato dos Taxistas do ABC confirmou que há uma grande demanda por esse serviço na região, mas ainda não há veículos adaptados já rodando na região. “Trata-se de um serviço muito importante e há interesse da categoria, o que acontece é que isso ainda é uma coisa muito nova, poucas cidades têm. Nós do sindicato estimulamos os taxistas porque entendemos que é muito bom”, disse o presidente da entidade Odemar Ferreira.
Os taxistas que vão operar os dois veículos são o casal José Eduardo e Cíntia Soares. José Eduardo explica que o custo para adaptar o veículo é alto, por isso não há mais veículos assim. “O custo para adaptar é equivalente à compra de mais um carro, mas acredito bastante nesse serviço, porque, com um transporte digno, o portador de necessidade pode ir a qualquer lugar”. Os dois motoristas tiveram todas as orientações para lidar com os deficientes na própria empresa que faz a transformação. “Agora faremos um curso no Sest/Senat (O Serviço Social do Transporte / Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), em São Paulo, que foi o único órgão que encontrei que dá treinamento para lidarmos com esse público”, conclui o taxista