A Associação dos deficientes físicos de Alagoas (Adefal) está tentando reativar a quadra poliesportiva, localizada na orla da Pajuçara, destinada à prática de esportes para portadores de necessidades especiais. O espaço foi construído quando Gerônimo Siqueira era vereador por Maceió, mas atualmente está abandonado. A intenção da entidade é promover eventos e incentivar a prática de atividades esportivas entre deficientes físicos.
“Há um tempo que está parado lá, sem a realização de torneios, porque estamos tentando ficar com o local sem nenhum custo. Teve um tempo que nos era cobrado uma espécie de aluguel e ficou inviável para nós. Agora, se conseguirmos será de fundamental importância para que possamos realizar competições”, colocou Luís Carlos Santana, presidente da Adefal.
Ainda de acordo com Santana, a vereadora Rosinha da Adefal está participando ativamente da luta da entidade para a reativação do espaço. O presidente colocou que, mesmo que seja reativada, é preciso que haja uma reforma. Uma das principais mudanças que deve ocorrer no local é a troca do piso, que atualmente é de cimento e danifica muito rapidamente o pneu das cadeiras de rodas, na prática do basquete de cadeirantes.
“São necessárias algumas mudanças para que o espaço seja realmente útil para a prática esportiva. Como está parado há muito tempo, há alguns reparos a serem feitos. Estamos confiantes que com o intermédio da Rosinha possamos conseguir fazer essa reforma e voltar a utilizar o local. E é importante que se diga que a quadra poderá ser utilizada por qualquer deficiente”, afirmou Santana.
A Adefal tem ainda a intenção de utilizar o quiosque utilizado ao lado da quadra. O presidente da entidade disse que a renda da venda será destinada à realização de eventos e para subsidiar a participação de atletas paraolímpicos em competições. Além disso, exposições de materiais produzidos por deficientes deverão ocorrer na quadra, uma das primeiras destinada a portadores especiais no Brasil.
Jangada
Luís Carlos Santana colocou que a reativação da quadra é de fundamental importância, já que não há espaços públicos para que os deficientes pratiquem esportes. Ele disse que é preciso mais interação entre os órgãos competentes para que Maceió se torne uma cidade adaptada para cadeirantes. Para Santana, a jangada acessível é o primeiro passo para que a capital alagoana se torne um local onde portadores de necessidades especiais possam se integrar mais na sociedade.
“Essa questão da jangada é muito interessante e estamos tentando baratear o custo do passeio, que é de R$ 20 e muita gente não pode pagar. Há já relatos de cadeirantes de outros estados que vieram para Maceió para fazer o passeio até às piscinas naturais. São duas jangadas acessíveis e cada uma leva dois cadeirantes e mais três pessoas. Eu, depois de 29 anos, tive condições de fazer esse passeio”, colocou Santana.
por Teresa Cristina / Alagoas em Tempo Real