O projeto “Gente Eficiente”, idealizado pelo Cindep, trata da questão da reabilitação de jovens com qualquer tipo de deficiência física ou motora, por meio de hidro e fisioterapia. A parceria já havia sido assinada em agosto do ano passado, porém, só agora ela foi apresentada à população. Agora, a entidade vai receber, até o final do ano, um total de R$ 50 mil. “Com esse dinheiro, contratamos profissionais e adquirimos mais equipamentos”, comentou o presidente do Cindep, José Pereira da Costa.
Conforme explicou o presidente, com a ajuda da Petrobrás, a entidade vai atender 19 jovens, com idades variadas, indo dos dois, até os 29 anos. Essa subvenção da empresa dura um ano, mas, se o projeto der o retorno esperado, ela pode ser renovada. “Essa parceria de um fôlego à mais para a entidade. Todo o pessoal com necessidades especiais da cidade se encontra aqui no Cindep”. Para a secretaria da Promoção Social, Hilda Maria Oraggio, o Cindep vai ganhar muito com esse investimento, podendo levar aos atendidos, muitas atividades e ainda mais bem-estar.
Segundo Luis Cláudio Piza, representante da Replan, esse tipo de parceria é uma oportunidade de prestigiar e incentivar esse tipo de atividades e projetos. “Instituições de todo o Brasil se inscreveram, mas temos que ter a chance de ajudar as entidades das cidades onde as plantas da Petrobrás estão inseridas”, explicou. “O patrocínio serve para mostrar que a empresa participa do desenvolvimento social da cidade. E temos certeza que o Cindep é comprometido”.
Impasse
Um problema na prestação de contas fez com que, em 2006, a entidade deixasse de receber qualquer tipo de subvenção da prefeitura municipal. De lá para cá, muita coisa mudou. Sem o dinheiro da ajuda da prefeitura, o Cindep teve de paralisar quase todas as suas atividades. O órgão, que antes atendia mais de 200 deficientes de Paulínia, hoje atua com apenas 19 deles, isso porque fechou a parceria com a Petrobrás. “Todas as famílias que perderam o apoio do Cindep foram encaminhadas para as secretarias. Hoje, muitas delas são ajudadas pela Saúde, por exemplo”, explicou o presidente do Cindep, José Pereira da Costa.
Para se manter, a entidade atualmente realiza bingos e almoços, além da venda de pizzas. Os familiares das pessoas atendidas também ajudam com o que pode. Mas o retorno não é o bastante para o grupo. “Agora, com o dinheiro vindo da Petrobrás, vamos poder voltar com alguns projetos que tínhamos antes, como o braile, libras, fisioterapia, entre vários outros”, disse Costa. O atual prédio do Cindep foi cedido pela prefeitura, isentando o órgão de pagar aluguel.