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Educação Inclusiva é ampliada na rede municipal de ensino em 428%

A inclusão de crianças com deficiência nas escolas e creches de Cuiabá tem se ampliado a cada ano. Atualmente, no sistema público de ensino da Capital, 98 unidades escolares registram matrículas de alunos especiais, dentre as 131 unidades que constituem a rede municipal.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação (Inep/MEC), havia 62 crianças matriculadas na modalidade Educação Inclusiva, em Cuiabá, no ano letivo de 2004. Em 2008, o Inep/MEC registrou o total de 327 matrículas. Em quatro anos, houve uma ampliação de 428% no atendimento especializado na rede municipal de ensino, de acordo com os números apresentados pelo governo federal.

A partir deste levantamento, é possível identificar uma concentração maior de alunos especiais nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, no período equivalente entre a primeira e a quarta séries, na rede municipal.

No sistema privado de ensino da Capital, o atendimento educacional especializado nas modalidades comuns à rede pública – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) – atingiu o total de 577 alunos, no ano passado. Nas instituições particulares, a maior concentração de matrículas de alunos com deficiência está entre a primeira e a quarta etapas da EJA.

Num relatório produzido pela SME no mês de dezembro de 2008, observou-se um índice maior de matrículas de alunos com necessidades especiais nas regionais Norte e Sul, nas quais havia 315 crianças matriculadas. Nas regionais Leste e Oeste, foram identificados 160 estudantes nas mesmas condições. O documento produzido pela SME aponta um total de 475 alunos com deficiência, inclusos na rede municipal de ensino.

Diversidade – As necessidades especiais dos alunos inclusos são variadas. Há casos de deficiências auditiva, visual, mental, física, múltipla, transtorno global do desenvolvimento, síndromes – de Down, Rett e Willians – e casos de autismo.

As necessidades especiais dos alunos inclusos são variadas. Há casos de deficiências auditiva, visual, mental, física, múltipla, transtorno global do desenvolvimento, síndromes – de Down, Rett e Willians – e casos de autismo.

Para facilitar o aprendizado e inclusão destes alunos, são empregados recursos como libras, sistema braille, soroban, além do apoio de professores intérpretes. Orientação postural, comunicação alternativa e aumentativa, exercícios de raciocínio lógico, para a memória e para estimular uma vida mais autônoma, também são empregados no trabalho de auxiliar crianças com deficiências múltiplas ou déficit cognitivo. No caso de alunos com altas habilidades, são empregados programas de enriquecimento curricular, com atividades que permitam avançar mais nos conteúdos dominados pelas turmas nas quais estão inseridos.

Ampliação – Neste ano, serão estruturadas 10 novas salas multifuncionais. Com esse acréscimo, 25 núcleos serão mantidos na rede pública de ensino do município.

Neste ano, serão estruturadas 10 novas salas multifuncionais. Com esse acréscimo, 25 núcleos serão mantidos na rede pública de ensino do município.

O atendimento educacional especializado nas escolas municipais, onde são mantidos os núcleos multifuncionais, oportuniza ao estudante com deficiência freqüentar as aulas no ensino regular num turno e, no horário oposto, desenvolver atividades específicas às suas necessidades. Algumas escolas contempladas com as novas salas multifuncionais são: Ministro Marcos Freire (Jardim dos Ipês), Maria da Glória de Souza (Lixeira), Gastão de Mattos Müller (Pedra 90), Jescelino Reiners (Novo Horizonte), Marechal Cândido Rondon (Alvorada), Lenine de Campos Póvoas (Jardim União).

Atualmente, o atendimento especializado com o auxílio dos núcleos multifuncionais funcionam nas escolas Dom Bosco do Praeirinho (Praeirinho), Doutor Fábio Firmino Leite (Dr. Fábio), Jesus Criança (Nova Esperança), Maria Dimpina Lobo Duarte (Coxipó), Maria Elazir (São João Del Rey), Maria Tomich (Ribeirão do Lipa), Madre Marta Cerutti (Bela Vista), Nossa Senhora Aparecida (Novo Colorado), Orzina de Amorim Soares (Jardim Vitória), Pedrosa de Moraes (Novo Paraíso), Pe. Raimundo Pombo (Parque Cuiabá), Rafael Rueda (Jardim Umuarama), Udney Rodrigues Amorim (Distrito da Guia), Benedita Xavier Rodrigues (Distrito da Guia) e Francisval de Brito (Coophamil).

Metas- Para que o atendimento aos alunos especiais seja adequado, os professores atualizam os conhecimentos em cursos de formação continuada. “Além de abrir novas vagas, aumentando o número de alunos, principalmente na Educação Infantil, a gente está preocupado com a qualidade de ensino”, afirmou o secretário municipal de Educação, Carlos Carlão do Nascimento, explicando que a SME adotou um planejamento para melhorar as práticas educacionais e desenvolveu um projeto exclusivo para a Educação Especial, denominado “Inclusão em Evidência”. Além da estruturação de salas multifuncionais, o projeto prevê o encaminhamento dos alunos avaliados aos serviços educacionais, de saúde e assistência social que favoreçam o desenvolvimento humano.

Para que o atendimento aos alunos especiais seja adequado, os professores atualizam os conhecimentos em cursos de formação continuada. “Além de abrir novas vagas, aumentando o número de alunos, principalmente na Educação Infantil, a gente está preocupado com a qualidade de ensino”, afirmou o secretário municipal de Educação, Carlos Carlão do Nascimento, explicando que a SME adotou um planejamento para melhorar as práticas educacionais e desenvolveu um projeto exclusivo para a Educação Especial, denominado “Inclusão em Evidência”. Além da estruturação de salas multifuncionais, o projeto prevê o encaminhamento dos alunos avaliados aos serviços educacionais, de saúde e assistência social que favoreçam o desenvolvimento humano. Resultados- Na escola municipal Nossa Senhora Aparecida, situada no bairro Novo Colorado, funciona um dos pólos multifuncionais. Em 2008, 20 alunos com deficiência foram atendidos nesse espaço, distribuídos em dois grupos, sendo 10 crianças freqüentes pela manhã e 10 no período vespertino. Entre eles, estava matriculada uma menina portadora de uma doença degenerativa, responsável pela perda da visão num período determinado de tempo. Desde que começou a freqüentar as aulas, Mileid Jéssica de Almeida, 11 anos, recebeu orientação para aprender a conviver com essa dificuldade. O sistema Braille foi um dos recursos empregados no processo de aprendizado e socialização. “Com o acompanhamento especializado, ela desenvolveu bastante”, relatou a mãe, Mariuza Gregória de Almeida. “Minha menina não sabia nada”, revelou. Neste período, Mileid estava regularmente matriculada no terceiro ano e duas vezes por semana freqüentava a sala multifuncional. De acordo com a pedagoga especialista em Educação Especial, Ana Mirlei Cebalho, a aluna interagia normalmente com as outras crianças, que colaboravam com ela na realização das atividades. Com o início do ano letivo, a aluna retorna às aulas na mesma unidade escolar.

Na escola municipal Nossa Senhora Aparecida, situada no bairro Novo Colorado, funciona um dos pólos multifuncionais. Em 2008, 20 alunos com deficiência foram atendidos nesse espaço, distribuídos em dois grupos, sendo 10 crianças freqüentes pela manhã e 10 no período vespertino. Entre eles, estava matriculada uma menina portadora de uma doença degenerativa, responsável pela perda da visão num período determinado de tempo. Desde que começou a freqüentar as aulas, Mileid Jéssica de Almeida, 11 anos, recebeu orientação para aprender a conviver com essa dificuldade. O sistema Braille foi um dos recursos empregados no processo de aprendizado e socialização. “Com o acompanhamento especializado, ela desenvolveu bastante”, relatou a mãe, Mariuza Gregória de Almeida. “Minha menina não sabia nada”, revelou. Neste período, Mileid estava regularmente matriculada no terceiro ano e duas vezes por semana freqüentava a sala multifuncional. De acordo com a pedagoga especialista em Educação Especial, Ana Mirlei Cebalho, a aluna interagia normalmente com as outras crianças, que colaboravam com ela na realização das atividades. Com o início do ano letivo, a aluna retorna às aulas na mesma unidade escolar.

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