01/04/2025
ACRE

Sem fácil acesso a calçadas, cadeirante circula pelas ruas

Hoje, Dia Internacional das Pessoas com Deficiências, se um cadeirante decidir circular pelo Centro de Bauru, terá de transitar pela rua. E não é por opção. Trata-se da única alternativa possível frente à grande quantidade de rampas inadequadas e também da falta delas. O estudante de direito e artista plástico Takao Kajino, por exemplo, sente o problema na pele. Embora estabeleça um trajeto específico para permanecer o máximo possível nos passeios, em vários momentos divide espaço com os veículos na via pública.

“Apenas 20% das rampas existentes na cidade estão em estado adequado de uso, e faltam pistas para cegos em grande parte dos bancos, além de outras modificações”, comenta. Ex-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Comude), Kajino admite que a cidade avançou bastante nos últimos anos em relação à adequação do transporte aos cadeirantes. Porém, o caminho é bastante longo até que seja possível suprir as necessidades dos bauruenses com deficiência.

Atualmente, de acordo com o Comude, são cerca de 40 mil pessoas nesta situação em Bauru, incluindo todos os que têm algum tipo de deficiência. Para cada um, a realidade não é fácil e segue o que parece ser rotineiro em grande parte do País: a falta de infra-estrutura básica que possa auxiliar esses cidadãos em suas atividades comuns, como o simples fato de sair de casa e estudar, por exemplo.

Por essa razão, o Dia Internacional de Pessoas com Deficiência, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), ainda é motivo de muita luta e também de orgulho para as pessoas que, mesmo com limitações no dia a dia, não desistem. Elas continuam batalhando por seus direitos, por uma vida mais digna, com menos preconceito e barreiras.

Rumo à acessibilidade, a assessoria de imprensa da administração municipal informa que rampas de acesso estão sendo colocadas nas praças e calçadas construídas pela prefeitura. Além disso, a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), desde 2005, não aprova projetos de construção, reforma ou ampliação e nem libera licença de uso de solo (antigo alvará de funcionamento) para órgãos públicos sem a inclusão das obras de acessibilidade exigidas por lei.

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