PARANÁ

Empresas contratam pessoas com deficiência, mas esquecem de ensinar os funcionários a lidarem com a

As empresas não estão preparadas para receber pessoas portadoras de deficiências – PPDs. A especialista em marketing e psicologia, Mônica Riffel, conta que até agora os gestores se preocuparam em se adequar à lei que exige um percentual mínimo de PPDs na empresa, e a preparar a infraestrutura para receber esses profissionais, mas esqueceram de treinar os demais colaboradores para se relacionar com essa nova forma de diversidade. Funcionários mal preparados têm reações como pena, subestimando a capacidade produtiva do PPD, ou de revolta achando que as pessoas não merecem o posto.

O autoconhecimento e a identificação da escala de valores de cada um dentro de uma empresa é o primeiro passo para o desenvolvimento de ambiente de diversidade no trabalho. De acordo com a diretora da Casa de Assessoria, consultoria em desenvolvimento humano, Mônica Riffel, a capacitação passa por três etapas. Primeiro é necessário provocar a reflexão dos funcionários para que identiquem quais são suas escalas de valores, e identificar julgamentos presentes nas suas relações. Isso é possível através de da simulação de determinadas situações. O psicodrama é uma das técnia utilizada, através da qual comportamentos são encenados.

Após a identificação de valores, a capacitação busca desenvolver o olhar para o outro. Nessa etapa, é possível trabalhar com a empatia e a interrelação do grupo. Usa-se dinâmicas de grupo e visitas a instituições de amparo a portadores de deficiência. A aceitação das diferenças é a etapa final do processo, e é construída através das dificuldades que cada empresa tem em desenvolver um ambiente integrador.

Mônica alerta que é fundamental que, além dos líderes, os demais colaboradores também sejam preparados a aceitar as diferenças no ambiente de trabalho. Segundo dados do Ministério do Trabalho, a Lei das Cotas – 8.213/91 – integrou 62 mil pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho brasileiro. Desde sua aprovação, a exigência de vagas a PPDs nas empresas é um marco, mas ainda está longe de incluir os quase 25 milhões de PPDs brasileiros.

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