O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) anunciou que vai recorrer à Justiça para manter veto à lei que isenta deficientes físicos de pagamento de taxa do parquímetro. “Tenho que garantir a ordem da cidade”, justificou, sobre a lei que rege o estacionamento na área central.
Na avaliação do prefeito, não pode haver tratamento diferenciado sobre o estacionamento regulamentado, além do serviço exigir a cobertura de custos operacionais, como manutenção.
“Não foi eu quem criou, não sou eu quem define os lugares de cobrança”, reclamou visívelmente irritado hoje, em solenidade, dentro da Câmara Municipal que derrubou o veto na manhã de ontem.
O presidente da casa, vereador Edil Albuquerque, vice-prefeito eleito, assumiu a responsabilidade sobre a decisão de quarta-feira. Edil não participou da abertura da sessão, porque representava a prefeitura em outro evento.
Ele conta que ao chegar a Câmara, o veto já havia sido derrubado. “Não vou dizer se está certo ou se está errado, mas se eu estivesse aqui teria evitado desgaste maior”, comentou sobre o fato dos vereadores terem usado a tribuna para fazer críticas contundentes ao parquímetro.
Contra a proposta, Edil argumenta que outros aspectos teriam de ser levados em conta, como o fato de posssibilitar que o deficiente físico permanecesse com carro na vaga pelo dia inteiro.
O projeto trata de benefício aos portadores de necessidades especiais, “atentende até uma pessoa sem dedo”, lembra o vereador.
Questionado se uma emenda resolveria o problema, especificando a gravidade da deficiência para o direito ao estacionamento gratuito. Ele respondeu: “mas aí seria discriminação”.
A lei é de autoria da vereadora Grazielle Machado (PR).