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Em reunião com MPF, companhias aéreas apresentam soluções para acessibilidade às aeronaves

As companhias aéreas e a Infraero atenderam ao convite do Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia e participaram de uma reunião na tarde desta quinta-feira. Na ocasião os representantes das empresas informaram que estão providenciando equipamentos que garantam a acessibilidade aos cadeirantes e às pessoas com mobilidade reduzida. Atualmente, passageiros que não conseguem utilizar as escadas para embarcar ou desembarcar das aeronaves passam por situações de constrangimento, sendo carregados por funcionários das companhias.
 
A Tam informou que comprou um ambulift, uma plataforma elevatória que transporta os passageiros do chão até a aeronave. Este dispositivo não possui disponibilidade para pronta entrega no mercado e o fabricante estipulou um prazo de 120 dias para fornecimento. A compra foi realizada em 18 de março e estima-se que até julho o equipamento esteja em operação. O representante da empresa, Mozart Lima de Castro, disse que a compra do ambulift poderá também reduzir os riscos de acidentes no transporte manual de passageiros com deficiência física. “Em períodos chuvosos, o chão e os degraus da escada dos aviões ficam escorregadios, o que aumenta as chances de acidentes tanto para passageiros quanto para os funcionários”, disse.
 
A empresa aérea Trip providenciou a compra de uma cadeira de propulsão elétrica que sobe e desce as escadas de acesso à aeronave. O equipamento é usado para elevar e descer passageiros que usam cadeiras de rodas. Até o momento, a Gol Linhas Aéreas é a única que possui este dispositivo no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho (RO).
 
Gol, Tam e Trip possuem acordos de cooperação técnica e pretendem fazer uso comum do ambulift comprado pela Tam. Para o procurador da República Ercias Rodrigues de Sousa, esta alternativa pode ser viável a todos. “As cadeiras de propulsão elétrica servem apenas para os cadeirantes. Passageiros enfermos que estão em macas, idosos, obesos mórbidos e outras pessoas com mobilidade reduzida permanecem sem acesso digno aos aviões. O ambulift é a melhor opção. O uso compartilhado deste equipamento pode ser uma alternativa economicamente viável para as empresas aéreas, sem prejuízo do direito de acessibilidade do cidadão”, disse o procurador.
 
Desde o começo do ano, o MPF tem atuado para promover a acessibilidade às aeronaves em Porto Velho. Denúncias feitas pela Federação dos Portadores de Deficiência de Rondônia (Feder) relataram situações constrangedoras no transporte de passageiros deficientes e também desrespeito aos seus direitos. O procurador Ercias Rodrigues explicou às empresas que “uma das funções do Ministério Público Federal é a defesa das minorias, garantindo os direitos constitucionais que lhes são devidos” e que para assegurar estes direitos o órgão adotará todas as medidas que forem necessárias.

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