A APDF (Associação dos Portadores de Deficiência Física) do município promoveu na tarde de hoje um encontro entre o prefeito Zé Renato (PMDB), o Sindicato dos Metalúrgicos, o UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda) e o Metalsul (Sindicato das Indústrias Metalmecânicas do Médio Paraíba), na sede da associação, no Centro. O objetivo foi celebrar e discutir a inclusão das pessoas com deficiência física no mercado de trabalho e a assinatura de um convênio com os sindicatos, em dezembro do ano passado.
De acordo com o presidente da associação, Neri Vicente da Silva, há cerca de dois anos, a entidade vem prestando o serviço de inserir as pessoas com deficiência física no mercado.
– Há dois anos verificamos que o maior problema dos nossos associados era a dificuldade de encontrar trabalho. Então, começamos com o projeto da fábrica de fraldas e vimos que estava sendo produtivo, eles correspondiam, e começamos a expandir para implantar a ideia do projeto junto às empresas – disse.
A entidade tem no cadastro geral 1,2 mil associados, porém, Neri Vicente pretende fazer um levantamento completo no município, para que todas as pessoas com deficiência física sejam cadastradas e possam ter acesso aos projetos de capacitação e inserção no mercado de trabalho que a associação pretende desenvolver por meio das parcerias.
– Vamos captar e qualificar essas pessoas, para que possam entrar para o mercado de trabalho, e as empresas vão nos ajudar financeiramente nessa capacitação. O convênio visa também que nós acompanhemos a vida dessa pessoa nas empresas conveniadas – falou.
Neri Vicente destacou que as empresas associadas ao Metalsul poderão gerar cerca de 1 mil empregos para portadores de deficiência. O prefeito Zé Renato afirmou que a prefeitura está à disposição das entidades para traçar as estratégias de captação e formação dos portadores.
– Nós reconhecemos a importância da inclusão, por isso temos em Barra Mansa escola para deficientes visuais, o Ceat (Centro Especializado de Atendimento Educacional), e todas as obras realizadas em escolas seguem com adaptações para os portadores de necessidades especiais. O município se coloca à disposição para participar nessa qualificação profissional – ressaltou.
Segundo o presidente do Metalsul, Henrique Almeida, a dificuldade das empresas em contratar portadores de necessidades especiais é a falta de qualificação mínima dessas pessoas.
– O relato das empresas é de que a dificuldade de cumprir a lei está principalmente relacionada à falta de qualificação mínima dos portadores. Por isso, fizemos esse contato entre empresas e associações que conhecem os deficientes. Cabe a eles agora a negociação para que os dois lados sejam contemplados – comentou, referindo-se à lei 8213/91, que dispõe sobre um sistema de cota de vagas destinadas aos portadores de necessidades especiais em empresas.
Para Daiane Araújo, que tem deficiência no braço esquerdo, a notícia é uma porta para abrir oportunidades no mercado de trabalho. Ela, que já frequentou a associação há algum tempo, recebeu a notícia entusiasmada:
– O presidente me convidou na sexta-feira para estar aqui hoje. A oportunidade é muito boa, porque os deficientes não têm muitas chances e achei interessante abrirem essa porta para nós.
A associação está aberta para receber novas pessoas interessadas em participar do processo de capacitação e inserção no mercado de trabalho. Para isso, devem entrar em contato pelo telefone (24) 3324-5081 ou comparecer à sede da associação, na Rua Jorge Lóssio, 198, Centro. É preciso levar carteira de identidade, CPF, laudo médico e comprovante de residência.
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