Sem categoria

Rampas em Manaus são ocupadas por lixo, postes e orelhão

rampaLixo, carros estacionados, telefones públicos (orelhões) e até postes dificultam a locomoção diária de portadores de deficiência física em Manaus. Em bairros da zona oeste e centro-oeste, moradores e motoristas utilizam as rampas de acessibilidade como depósito de lixo e estacionamento. Na esquina da Avenida Brasil com a Rua da Pátria, no bairro Compensa, zona oeste, sacolas plásticas com lixo doméstico são depositadas pelos moradores em cima da rampa destinada a passagem de cadeirantes.

 

Atitude que, além de bloquear à passagem, é agravada por cachorros que espalham os resíduos pela calçada.

Na esquina da mesma avenida com a Rua Tobias Barreto, além da grande quantidade de lixo espalhado em toda a área de acesso dos deficientes, um orelhão afixado no meio da rampa impede a sua utilização.

Pneus descartados por borracharias também contribuem para impedir a passagem dos cadeirantes. Também na  manhã de ontem, na Travessa São Paulo com a Avenida Brasil, mais de 20 pneus bloqueavam a metade da rampa liberada pelas sacolas de lixo.

Mas não é apenas o descarte inadequado de lixo e a instalação de telefones públicos nas rampas que dificultam a locomoção dos portadores de deficiência nos bairros de Manaus.

Na Avenida J, no bairro Alvorada 2, zona centro-oeste, motoristas ignoram as rampas de acessibilidade e estacionam os veículos, trancando a passagem tanto dos portadores de deficiência como de crianças e idosos.

Outro problema vivenciado pelos cadeirantes no bairro, caracterizado pelo segmento comercial, são as bancas e lojas que ocupam as calçadas e as rampas de acessibilidade, obrigando os deficientes a andarem pelo meio-fio.

Segundo o diretor da Associação dos Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa), Isaac Benayon, o bloqueio de rampas e de calçadas são demandas recorrentes que já foram repassadas aos órgãos competentes, mas que até o momento não foram solucionadas.

“Já informamos à Prefeitura sobre os orelhões, postes e contêineres que bloqueiam as rampas e só o que eles sabem dizer é que farão um choque de ordem”, reclamou.

Benayon destaca ainda que o bloqueio de rampas e calçadas não acontece apenas nas zonas oeste e centro-oeste. “Na Avenida Castelo Branco, na esquina da Avenida Humaitá com a Ajuricaba (Cachoeirinha) um ferro velho se encarrega de interditar a calçada impedindo a passagem de pedestres e cadeirantes”, informou.

O nivelamento de calçadas e a manutenção de rampas também é defendida por ele. “No bairros de Educandos, por exemplo, como um prefeito faz e o outro não dá continuidade, as calçadas e rampas estão todas quebradas”, disse.

De acordo com a Adefa, 518 mil pessoas com deficiência física, mental e sensorial enfrentam, diariamente, dificuldades para se locomover no Amazonas.

Related posts

Debate sobre cotas chega ao serviço público

Eraldobr

MPE debate inclusão escolar de alunos com necessidades especiais

Eraldobr

Roupa robótica para deficientes será alugada no Japão

Eraldobr

Leave a Comment