Volta Redonda
Preparar, treinar e disponibilizar pessoas portadoras de deficiência para o mercado de trabalho, em especial para as empresas associadas ao Metalsul (Sindicato das Indústrias Metalmecânicas do Médio Paraíba), respeitando as limitações de cada portador. Esse é o objetivo do convênio assinado, anteontem, às 9h, no Memorial Zumbi, na Vila Santa Cecília.
Compareceram integrantes do Metalsul, do SindMetal (Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos) do Sul Fluminense, da APDF-BM (Associação de Portadores de Deficiência Física de Barra Mansa) e da Coopenea-VR (Cooperativa dos Portadores de Necessidades Especiais e Amigos de Volta Redonda).
Segundo a legislação brasileira, empresas com cem ou mais empregados são obrigadas a ter de 2% a 5% do quadro de funcionários preenchido por pessoas reabilitadas ou portadoras de deficiência.
– Vamos identificar a demanda de cada empresa e capacitar as pessoas com deficiência física para o mercado de trabalho. Precisamos conhecer bem os dois lados. Iremos trabalhar com duas linhas, na primeira linha vamos buscar nas indústrias as reais demandas e na segunda, conhecer quem são os portadores de deficiência e qualificá-los. Toda empresa precisa respeitar uma cota que lhe é estipulada – disse o presidente do Metalsul, Henrique Carneiro.
O processo para qualificação de portadores de deficiência é de médio a longo prazo, visando atender as demandas. Alguns fatores são importantes, como capacidade e escolaridade. Um projeto semelhante é realizado pelo Consórcio Social da Juventude de São Paulo e treina portadores de deficiência para estarem aptos ao mercado de trabalho desde 2004.
– O ABC Paulista é o único exemplo que temos de implantação. Segundo informações, 95% das cotas das empresas da região já estão cumpridas – falou o presidente da Coopenea, José Mauricio Marinho.
A ideia principal do projeto é captar portadores de deficiência física, qualificá-los para o mercado de trabalho e encaminhá-los às empresas que têm necessidade de preencher suas cotas.
– As empresas têm dificuldade para encontrar qualificação e os portadores de deficiência não são qualificados para ocupar os cargos dessas empresas. Vamos fazer um trabalho de captação, qualificação e encaminhamento – explicou o presidente da APDF-BM, Néri Vicente de Silva.
O convênio também visa a socialização dos portadores de deficiência.
– Esse projeto vai trazer muitas oportunidades aos que estão no anonimato. A autoestima melhora, eles participam mais da sociedade. Tem muito talento escondido por aí. Nosso papel é apontar o caminho a eles – afirmou o secretário de Saúde Ocupacional do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Laércio de Andrade Lima.
Fonte: Diário do Vale