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31/03/2025
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Festival Assim vivemos traz filmes sobre síndrome de Down

O CineBancários recebe dos dias 21 a 26 o 4º Festival Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes Sobre Deficiência. No período serão exibidas produções de onze países, centradas nas subjetividades, sentimentos, ideias, conflitos familiares e dramas de pessoas com deficiência. Entrada franca. Os filmes selecionados refletem uma tendência entre as produções que abordam o tema: a migração da questão da deficiência para a pessoa com deficiência – tornando os filmes mais afetivos e próximos dos personagens. Reunindo 16 filmes oriundos da Argentina, Bielorrúsia, Brasil, Canadá, Coréia do Sul, EUA, França, Israel, Noruega, Polônia e Rússia, o “Assim Vivemos” consegue traçar um panorama multicultural sobre assunto.

O Festival promove ainda dois debates. No dia 23, após a exibição de “Somos Todos Daniel”, às 17h, as pedagogas Andrea Quintana, Márcia Garcia e Viviane Ortiz falam sobre “autismo e arte”.

No dia 24, a Mestre em Inclusão Social e Acessibilidade, Sandra Maria Swperreck, Isabel Casagrande, da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) e o deficiente auditivo do Espaço Crescer Guilherme Jobin falam sobre “surdo: sinalizado ou oralizado”. O debate acontece após a exibição dos filmes “Sou Surdo e Não Sabia” e “Vozes de El-Sayed”

Para total acessibilidade dos portadores de deficiência, serão disponibilizados catálogos em braille dos filmes e dois atores, que realizarão a audiodescrição das cenas ao vivo. Além disso, os filmes terão legendas Closed Caption e um intérprete de libras participará dos debates. O CineBancários possui espaço para cadeirantes.

Programas e sinopse dos filmes:

Somos todos Daniel (Dir. Jesse Heffring / Canadá / 92min)

No verão de 2007, estudantes da Escola Summit de Montreal, com deficiências intelectuais, emocionais e comportamentais, ensaiam uma complexa peça de teatro musical. A peça conta a jornada de um estudante com autismo que chega em uma nova escola. As belas e desajeitadas performances desses estudantes expõem uma profunda e perturbadora verdade. Eles não são diferentes de nós, não querem a nossa piedade, querem nos mostrar quem são, e ser compreendidos.

Mundo Asas (Dir. Leon Gieco, Sebastian Schindel, Fernando Molnar / Argentina / 90min)

Este é um filme de estrada. Músicos, cantores, dançarinos e pintores; todos importantes artistas com diferentes capacidades e diferentes deficiências expressam suas visões de mundo, acompanhados pela voz, talento e experiência de Leon Gieco, numa turnê por várias cidades argentinas. Durante esse tempo, histórias de amor e relações humanas se revelam como prova de que a integração é possível. Uma maravilhosa experiência musical sobre superação de dificuldades e amor, que começa por nomear e reconhecer as pessoas por suas capacidades.

Pindorama (Dir. Roberto Beliner, Lula Queiroga e Leo Crivellare / Brasil / 81min)

Uma família de circo como outra qualquer, que mora, vive e trabalha numa casa que anda. Assim é a vida de Charles, Zuleide, Gilberto, Cleide, Rogério, Claudio e Lobão, sete anões irmãos, descendentes do mítico palhaço Pindoba, “o menor e mais engraçado palhaço do mundo”. Juntos, eles formam o circo Pindorama, uma trupe que circula pelo sertão nordestino, despejando alegria, risos, nos dando aula de fraternidade e conquistando os corações do Brasil.

Sentidos à flor da pele (Dir. Evaldo Mocarzel / Brasil / 80min)

Sentidos à Flor da Pele acompanha a rotina de vida de pessoas com deficiência visual que atuam de modo nada convencional no mercado de trabalho. Vivemos em um mundo cada vez mais dominado por imagens. A perda parcial ou total da visão promove um aprofundamento na fruição dos outros sentidos, que se tornam muito mais aguçados. O tema principal do filme são as capacidades, habilidades, inúmeras possibilidades de inclusão, também estímulos, compreensão e a luta contra todo tipo de preconceito.

Vozes de El-Sayed (Dir. Oded Adomi Leshem / Israel / 75min)

No pitoresco deserto israelense de Negev encontra-se a aldeia beduína de El-Sayed, que possui o maior percentual de pessoas surdas do mundo. Lá, ninguém usa prótese auditiva, porque em El-Sayed a surdez não é considerada uma deficiência. Através das gerações, foi se desenvolvendo uma língua de sinais única, fazendo desta a língua mais usada nessa rara sociedade que aceita a surdez como algo tão natural quanto a vida. A tranqüilidade da aldeia é interrompida pela decisão tomada por Salim de mudar o destino de seu filho surdo e fazer dele um ouvinte por meio da operação de implante coclear.

Sou surdo e não sabia (Dir. Igor Ochronowicz / França / 70min)

Por vários anos, Sandrine não sabia que era surda. Surda de nascença, ela é filha de pais ouvintes. Chegou a freqüentar a escola regular, e lá se perguntava como os outros compreendiam o que a professora estava tentando transmitir. Como uma pessoa surda descobre que pessoas se comunicam através de sons, que o movimento dos lábios que eles vêem produz palavras e comunicação?

Sheri e Paul (Dir. Anthony Di Salvo / EUA / 11min)

Em “Sheri e Paul”, casal faz reflexões pessoais sobre amor e casamento nesse singelo e tocante filme-retrato. Sheri Pearl e Paul Kiok, duas pessoas com deficiência intelectual, sentam em frente a câmera e, cada um a seu modo, falam com franqueza sobre seu relacionamento e os sentimentos que experimentam três meses depois de terem se casado.

Corações (Dir. Oyvind Sandberg / Noruega / 60min)

Em “Corações”, uma movimentada e reflexiva história sobre Kåre Morten, um jovem com síndrome de Down, sua namorada e um amigo, também com Down. Kåre e Maybritt ficam noivos, para o desespero de sua mãe. Um dia, Maybritt descobre que Kåre Morten não está usando sua aliança… E se instala o conflito.

Simon (Dir. Régis Roinsard / França / 36min)

Simon é um rapaz tetraplégico de vinte e cinco anos, vive com sua mãe. Seus destinos parecem estar ligados para sempre: Simon quer sua independência tanto quanto a de sua mãe. Mas antes de conquistá-la, passa por algumas experiências um pouco radicais, como enfrentar, só com sua cadeira, a estrada perto de sua casa e estudar as estrelas de um modo inusitado.

Como você ousa?! (Dir. Lizka Assa e Uri Shin / Israel / 52min)

“Como você ousa?” conta a história de Hanni, cujos sonhos nada nem ninguém pode impedir de serem realizados, nem mesmo uma doença neurológica fatal com o diagnóstico de apenas mais dois anos de vida. Ela luta contra o sistema, supera as dificuldades financeiras e constrói uma nova carreira.

Ofensas verbais (Dir. Jerry Smith / EUA / 26min)

Em “Ofensas Verbais”, um grupo de ativistas com deficiência intelectual reagem ao uso da palavra ” Celebretard”, um trocadilho que mistura “celebridade” com “retardado”, que um grupo de teatro de Mineápolis inadvertidamente inventou para batizar uma cerimônia supostamente positiva. O grupo dá voz a um grande número de cidadãos e discute questões de adequação de linguagem e direitos humanos.

Omar: Você aceita minha deficiência? (Dir. Rita Lalaou, Patrice Barrat / França / 54min)

Omar Koussih tem 19 anos e sofre de amiotrofia espinhal. Ele mora em Rabat, capital do Marrocos, com sua família, e usa a maior parte de seu tempo para escrever poemas. Na primavera de 2007, Omar escreveu para a TV Madmundo pedindo ajuda para promover os Direitos das Pessoas com Deficiência. Assim se inicia a história do filme: “Omar: Você Aceita Minha Deficiência?”

O vôo da cegonha (Dir. Laly Cataguases / Brasil / 15min)

Criança surda vê seu espaço ameaçado com a chegada do irmãozinho. Inspirado no filme “O bebê e a cegonha”, de 1911, de D. W. Griffith, precursor do cinema narrativo nos Estados Unidos.

Borovichok (Dir. Serguei Loukiantchikov Bielorrússia e Polônia /52min)

“Borovichhok” fala sobre Andreika, que nasceu com deficiência física e mental e sua mãe o abandonou num orfanato onde ele viveu por cinco anos. Depois disso, sua mãe o trouxe de volta para casa, onde ele é a sexta criança da família. Eles vivem em uma pequena aldeia da Bielorússia onde Andreika sente-se feliz agora.

Mundo dos ingênuos (Dir. Tofik Shakhverdiev / Rússia / 24min)

“Mundo dos ingênuos” compara e contrasta a noção de deficiência da Velha Rússia, a de que as pessoas com deficiência estavam perto de Deus, com uma realidade atual bem mais cruel: frequentemente, pessoas com Síndrome de Down não são permitidas na igreja. Por que a sociedade não esta pronta para aceita-los?

Jinok vai à escola (Dir. Jin-yeu KIM / Coréia do Sul / 54min)

“Jin-ok vai a escola” focaliza a vida da família de Jin-ok depois de se casar, dar a luz e criar sua filha Seo-kyoung. Jyn-ok, uma mãe típica que deseja educar bem sua filha, faz um esforço para se transformar numa corretora de seguros e uma conselheira para assuntos de violência sexual contra mulheres com deficiência. O documentário ajuda espectadores sem deficiência a se livrarem da piedade ou preconceito que possam ter em relação às pessoas com deficiência e dá a estas um estímulo ao mostrar a vida ativa de Jin-ok.

Mais informações em: http://www.sindbancarios.org.br

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