Órgãos do governo do Estado participam desde ontem (28) da II Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que tem como tema: “Inclusão, Participação e Desenvolvimento – Um novo jeito de avançar”.
Representantes da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), da Secretaria da Estado de Saúde (SES), da Secretaria de Estado de Educação (SED), da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) e da Agência Estadual de Habitação (Agehab), com representantes do Ministério Público do Estado, do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e a comunidade, irão elaborar propostas de políticas públicas que serão levadas para a conferência nacional que vai acontecer em Brasília em dezembro.
Segundo o presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência de Mato Grosso do Sul (Consep), Cláudio José Dainese, a sociedade ainda não se conscientizou que os deficientes físicos também são cidadãos e devem ter respeitados os seus direitos, principalmente de acessibilidade. “A Constituição Federal de 1988 prevê os nossos direitos, mas na prática as normas ainda não são efetivadas no nosso dia-a-dia. Queremos reforçar o cumprimento dos nossos direitos”, explicou.
Dentre as diversas dificuldades enfrentadas por pessoas especiais, além da acessibilidade arquitetônica e de transporte público, estão a inserção no mercado de trabalho e a inclusão na educação. “Não queremos ser tratados como os deficientes mentais. Nossa deficiência é específica. Queremos participar da educação normal, porque também somos cidadãos”, afirmou Cláudio Dainese. Ele disse ainda que as empresas e repartições públicas também devem se atentar para a acessibilidade.
A expectativa dos deficientes é de que as articulações políticas resultem numa proposta coesa que leve à conscientização da população sobre suas necessidades. O objetivo do evento é também conscientizar as pessoas com deficiência de que elas podem opinar e discutir as melhores alternativas para as políticas públicas.