É sempre importante obtermos informações de diversas fontes mundiais sobre os assuntos que nos interessam tanto e constituem a base de nosso trabalho diário. Vejamos o que nos diz o Banco Mundial
“ O vínculo entre pobreza e deficiência é forte e vai em ambas as direções. Pobreza, por exemplo, causa deficiência através de subnutrição, maus cuidados com a saúde, e condições de vida perigosas. A deficiência pode causar pobreza ao impedir a participação plena de pessoas com deficiências na vida econômica e social de suas comunidades, especialmente se os apoios e acomodações adequados não estiverem disponíveis. Aproximadamente entre 15 a 20 por cento dos pobres nos países em desenvolvimento são pessoas com deficiências (Ann Elwan, 1999).
Dados
Um problema existente ao se estudar o vínculo entre renda, pobreza e deficiência é a dificuldade de se obter dados de alta qualidade, especialmente dados que sejam úteis para comparações entre países e regiões. A taxa de deficiência encontrada em pesquisas domésticas e em censos varia dramaticamente. Esta variação é resultante de medidas diferenciadas de deficiência, técnicas diferentes de coleta de dados, e reações diferentes a perguntas das pesquisas por parte dos que as respondem. Por exemplo, a taxa de deficiência no Paraguai foi medida como 1 por cento, enquanto no Uruguai e no Brasil foi medida como 16 por cento em 2001. De forma clara, uma definição comum e dados de qualidade comparável não resultariam em dados tão disparatados de deficiências. Na verdade um censo de 1991 no Brasil mediu o índice de deficiência em 0.9 por cento. O índice maior medido em 2001 não foi o resultado de uma explosão de deficiências no Brasil mas de uma análise mais cuidadosa.
Classificação
Deficiência (disability) é multifacetada, complexa e difícil de definir. Na verdade, deficiência é melhor compreendida como sendo a interação entre uma condição desse tipo e muitos fatores pessoais, sociais e ambientais. A Classificação Internacional de Funcionamento, Deficiência e Saúde ( em inglês (The International Classification of Functioning, Disability and Health, (ICF) desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece explicitamente que qualquer avaliação do funcionamento e das deficiências de uma pessoa deve incorporar o contexto físico e cultural no qual ela mora, e, portanto, também inclui uma lista de fatores ambientais.