Ele foi o quarto colocado da prova no Meeting de Milão, com o tempo de 47s78 – entretanto, ele precisava de, pelo menos, 45s55 para tentar uma medalha na China. Na verdade, se quiser estar na disputa, o sul-africano vai precisar melhorar bastante ainda, visto que o melhor tempo já obtido por ele é de 46s36.
Por conta da deficiência física, o caminho natural de Pistorius seria tentar competir nas Paraolimpíadas. A Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), inclusive, chegou a alegar que as próteses de fibra de carbono utilizadas pelo atleta lhe davam uma vantagem sobre os demais concorrentes, mas acabou obrigada na Justiça a aceitar Pistorius.
“Estou desapontado. Não que eu esperasse ser maravilhoso, mas também não achava que seria tão ruim”, admitiu o sul-africano, atual campeão paraolímpico dos 200m. “Mas tenho que ser realista, já que faz um ano que eu não corro”, afirmou.
Pistorius terá mais duas chances de tentar o índice, na etapa da Liga de Ouro de Roma, em 11 de julho, e na Suíça no dia 16 do mesmo mês. “Comecei muito rápido e não tive energia no final da prova. Agora, tenho que rever minha tática, mas espero que em Roma as coisas sejam melhores”, destacou.
Mesmo que Pistorius não atinja o objetivo, as Olimpíadas de Pequim já contarão com um atleta deficiente físico: a também sul-africana Natalie du Toit, que tem vaga para a maratona aquática – mesmo sem a perna esquerda, ela foi a quarta colocada na prova de 10km do Mundial da modalidade e se garantiu nos Jogos.
