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falta de acessibilidade em Ji-Paraná

Município não tem ônibus adaptado e conta com poucas rampas nas calçadas. Para associação, cidade precisa ser adaptada para oferecer mais acesso.Quase não se vê pelas ruas de Ji-Paraná, RO, os mais de mil deficientes físicos cadastrados na Associação de Deficientes Físicos da Amazônia (Asdefal) do município. Sem ônibus adaptado e com poucas calçadas com rampas de acesso nas ruas da cidade, os deficientes físicos ficam a maior parte do dia em casa, segundo a associação.
Para o presidente da Asdefal, Edson Pinheiro, faltam rampas, ônibus adaptados e, principalmente, a conscientização da população de que os portadores de deficiência física também precisam ir e vir.
Zildo Cavalcante, 34 anos, sofreu um acidente há 11 meses e agora depende da ajuda de muletas para caminhar. Ele disse ao G1 que sai de casa apenas uma vez por semana para ir ao fisioterapeuta e explica que a falta de acessibilidade não o deixa sair de casa. “As calçadas por onde deveríamos passar estão cobertas de placas, veículos e bueiros. Para não passar raiva e nem me machucar eu prefiro ficar em casa” conta Cavalcante.
Além das poucas rampas nas calçadas da cidade, os deficientes físicos também reclamam das placas de sinalização, instaladas próximas às rampas. Segundo o chefe de fiscalização da Empresa Municipal de Transportes Urbanos de Ji-Paraná (Emtu), Elizeu Santos, as placas de trânsito não são o problema, mas sim a largura das calçadas.

“Nós evitamos colocar as placas próximas das rampas para cadeirantes, mas quando a calçada é reduzida na largura nós ficamos sem opção. As calçadas deveriam ser mais largas e dar acesso a placas de sinalização e aos deficientes físicos, pois ambos são importantes” explica Santos, que também afirma não existir ônibus adaptado no município.
Com a falta de rampas adequadas, os deficientes precisam atravessar os 18 cm de altura do meio fio para ter acesso à calçada. Para o presidente da Asdefal, o município precisa ser moldado para oferecer acessibilidade aos portadores de deficiência física.
“As poucas rampas que nos temos, são muito íngremes e quase nunca os deficientes conseguem subir. Eu também sou deficiente físico e posso dizer isso com propriedade. Vejo e passo por dificuldades de locomoção”, diz Edson.

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