02/04/2025
ACRE

Triciclo adaptado é opção para deficientes físicos

Na onda da acessibilidade, a Sol Metal, empresa situada em Diadema, disponibiliza no mercado uma nova opção de transporte para os deficientes físicos: um triciclo adaptado

 

Trata-se de uma adaptação de uma Burgman 125cc, da Suzuki. Nos triciclos convencionais, a rodagem dupla é traseira. Já no Sun Trike, como é chamado, as duas rodas estão localizadas na parte da frente, o que proporciona mais agilidade e estabilidade, segundo um dos idealizadores do produto, o mecânico Cleber Chamelet.

 

A ideia surgiu após um dos irmãos de Chamelet sofrer um acidente de parapente, em 2003, que o deixou paraplégico. “Ele era meu companheiro de motocross e, depois do acidente, sentiu vontade de andar de moto de novo. Por isso, elaboramos esse modelo adaptado, que passou a atrair a atenção de muitas outras pessoas”, conta.

Hoje, a Sol Metal é responsável pela comercialização do triciclo. “Atualmente, somos a única indústria no Brasil a fazer esse trabalho”, afirma o sócio-gerente da empresa Armando Ciccone. “É um conceito novo no Brasil. Trata-se de um transporte urbano pequeno, versátil e ágil, que pode servir tanto para cadeirantes como para qualquer outra pessoa”, explica.

Além da adaptação da dupla rodagem dianteira, foi feita a diminuição da altura do centro de gravidade. O banco original também foi trocado por um assento mais anatômico e ao mesmo nível da cadeira de rodas, a fim de facilitar a transferência do deficiente, que pode fazê-la sozinho, de forma simples e segura. 

Segundo Ciccone, o valor da adaptação, que pode ser feita tanto em uma moto usada quanto em uma 0km, gira em torno de R$ 5 mil.

O Sun Trike já foi aprovado pelo Inmetro e pelo Denatran e, desde abril de 2010, possui código do Renavan. Até agora, treze unidades já foram vendidas. Nenhum morador do Grande ABC, no entanto, fez a aquisição.

“A sensação de liberdade não tem preço. Com o triciclo, você não depende de ninguém pra te proporcionar o prazer de pilotar uma moto e, além disso, é uma opção de transporte diário”, afirma Ciccone.

Quem adquiriu o produto, diz não se arrepender. É o caso do aposentado Márcio Silva do Rosário, 35 anos. Cadeirante desde 2002, ele usa o meio de locomoção há cerca de oito meses e garante ter feito um ótimo negócio. “Ganhei mais mobilidade e independência. Agora posso passear, ir à beira da praia… é um ‘brinquedinho” bem legal.”

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