INTERNACIONAIS

Saúde dá o primeiro passo para zerar fila por órteses e próteses

O secretário da Saúde, Gilberto Martin, assinou nesta segunda-feira (8), no Centro de Reabilitação Hospitalar Ana Carolina Moura Xavier, em Curitiba, o fornecimento de órteses e próteses que beneficiarão cerca de 400 pacientes de Curitiba e Região Metropolitana que aguardam na fila de espera. Serão fornecidos mais de mil órteses e meios auxiliares de locomoção e 121 próteses no valor de R$ 700 mil.
“O levantamento feito pelos municípios nos surpreendeu. Por isso concentramos recursos e vamos atender com a maior brevidade possível todos os pacientes que estão nesta fila. Este é o primeiro passo, pois a nossa tarefa só termina quando todos usufruírem suas órteses e próteses. E o pacote tem que ser completo. De nada adianta atender o paciente e ele ficar descontente”, explicou o secretário.

O diretor do Centro de Reabilitação, Cadri Massuda, explicou que o primeiro campo a ser zerado é dos pacientes que precisam de meios auxiliares de locomoção, e em seguida os que precisam de prótese. “Os pacientes que precisam de órtese devem demorar mais para receberem porque a confecção da órtese é mais demorada, uma vez que é feita sob medida. O nosso objetivo é possibilitar ao paciente, além da órtese, a adaptação, que proporciona mais qualidade de vida”, afirmou.

Além do fornecimento das órteses e próteses os pacientes serão inscritos no Serviço de Referência em Medicina Física e Reabilitação da Associação Paranaense de Reabilitação (APR). “Estamos resolvendo uma pendência antiga. Por isso colocamos toda a equipe médica a disposição para reavaliar todos estes pacientes e sanar a demanda reprimida por órteses e próteses”, disse o diretor.

REFERÊNCIA – Para atender os casos alta complexidade o Paraná tem hoje o Centro de Reabilitação Hospitalar Ana Carolina Moura Xavier. Somente na implantação do hospital o Governo investiu mais de R$ 35 milhões. O hospital foi inaugurado em junho de 2008, e desde então é a principal referência para pacientes que necessitam de reabilitação.

“Este hospital, que é 100% público, está estruturado para dar todo o suporte ao pacientes, evitando que precisemos mandar pacientes para reabilitação no Sarah Kubitschek, em Brasília, que é referência nacional”, reforçou o secretário.

Para o presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, Mauro Nardini, a postura da Secretaria da Saúde de zerar com a fila de espera garantirá mais qualidade de vida às pessoas com deficiência. “Cerca de 80% dos nossos associados necessitam de cadeiras de rodas e agora não vão mais precisar pedir favor”, disse.

O presidente da Associação Paranaense dos Amputados, Paulo Sérgio do Nascimento, partilha da mesma opinião de Nardini e acrescenta que “a órtese, quando é feita sob medida, faz com que a pessoa tenha mais auto-estima e queira conviver com outras pessoas”, disse.

FILA DE ESPERA – Em 2009, o secretário Gilberto Martin assinou convênio com 12 Consórcios Intermunicipais de Saúde, e repassou recursos para zerar as filas de espera em algumas regiões do Paraná. Destes, quatro consórcios já zeraram a fila.

NÚMEROS – O último censo do IBGE (2000) mostra que 14,5% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. Sendo que, destes, 4,1% possui alguma deficiência física; 8,3% possui alguma deficiência intelectual; 16,7% possui alguma deficiência auditiva; 22,9% possui alguma deficiência motora; 48,1% possui alguma deficiência visual.

Arquivos anexados: 0802 proteses.doc

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