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Apenas 10% dos deficientes que trabalham têm carteira assinada

O censo 2000, do IBGE, mostrou que 14,5% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. São mais de 24 milhões de pessoas. Há 18 anos, entrou em vigor a lei que prevê cotas para deficientes no mercado de trabalho. As empresas devem reservar de 2% a 5% de vagas, dependendo do número total de empregados. Quem não cumpre pode pagar multa.

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Mesmo com a lei, mais da metade dos portadores de deficiências são inativos e, entre os que trabalham, apenas 10% têm carteira assinada, de acordo com o levantamento do IBGE.

A lei teve um efeito positivo para este segmento da população, mas falta gente preparada para ocupar as vagas, segundo o presidente da Associação de Amigos dos Deficientes Físicos do Rio de Janeiro, Paulo Sergio Fernandes: “Está faltando no mercado mão de obra especializada , então encontramos dificuldade às vezes pra colocar isso”

Lindovando Rodrigues Lima encontrou emprego de operador de teleatendimento, com a ajuda de uma associação que apoia deficientes físicos. Sozinho, ia ser mais difícil: “Depois da lei melhorou bastante”.

A empresa onde Enrico Salvador trabalha treina a mão-de-obra também para a convivência com os deficientes que emprega. O rapaz de 25 anos tem síndrome de Down e é atendente de lanchonete há quatro anos. “Acho legal trabalhar. É alegria, emoção de fazer as coisas”, comenta o atendente de lanchonete Enrico Salvador.

“Para o deficiente, é uma gratificação essa inclusão do portador no mercado de trabalho. Tem responsabilidade. É um prova de que ele é capaz, sim, de trabalhar”, diz a gerente Soraia Camacho.

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