Mesmo com a lei, mais da metade dos portadores de deficiências são inativos e, entre os que trabalham, apenas 10% têm carteira assinada, de acordo com o levantamento do IBGE.
A lei teve um efeito positivo para este segmento da população, mas falta gente preparada para ocupar as vagas, segundo o presidente da Associação de Amigos dos Deficientes Físicos do Rio de Janeiro, Paulo Sergio Fernandes: “Está faltando no mercado mão de obra especializada , então encontramos dificuldade às vezes pra colocar isso”
Lindovando Rodrigues Lima encontrou emprego de operador de teleatendimento, com a ajuda de uma associação que apoia deficientes físicos. Sozinho, ia ser mais difícil: “Depois da lei melhorou bastante”.
A empresa onde Enrico Salvador trabalha treina a mão-de-obra também para a convivência com os deficientes que emprega. O rapaz de 25 anos tem síndrome de Down e é atendente de lanchonete há quatro anos. “Acho legal trabalhar. É alegria, emoção de fazer as coisas”, comenta o atendente de lanchonete Enrico Salvador.
“Para o deficiente, é uma gratificação essa inclusão do portador no mercado de trabalho. Tem responsabilidade. É um prova de que ele é capaz, sim, de trabalhar”, diz a gerente Soraia Camacho.