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Equoterapia: mais saúde a cada galope

Animal imponente, inteligente e muito dócil, ele é o melhor amigo do homem. Pensou no cachorro? Embora seja um grande amigo das pessoas, não é dele a quem nos referimos. O cavalo não é só um companheiro de muitas andanças e do homem do campo, mas tem sido sobretudo um importante aliado na habilitação ou reabilitação de portadores de deficiências físicas e psicomotoras, com distúrbios psíquicos, de aprendizagem ou de relacionamento social.
Chamado de equoterapia, o método terapêutico realizado sobre o cavalo e com o cavalo ganha cada vez mais adeptos, motivados pelos ótimos resultados em saúde e bem-estar. A outra boa notícia é que os moradores da região noroeste não precisam se deslocar aos grandes centros urbanos para buscar o atendimento.

Criado em 1994, o Centro de Equoterapia Marisa Tupan funciona no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro e atende mais de 60 pessoas. “Por conta da parceria com a Sociedade Rural de Maringá – administradora do espaço – reservamos 20% dos atendimentos para a população de baixa renda”, diz a fisioterapeuta Marisa Tupan, coordenadora e idealizadora do centro de equoterapia da cidade, que leva o seu nome.

Segundo ela, o tratamento complementar é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina e indicado, por exemplo, para crianças, adolescentes e adultos com paralisia cerebral, síndrome de Down, síndrome de Rett, sequelas de acidente vascular cerebral e hiperativos.

“Entre os benefícios da equoterapia estão melhoras em coordenação motora, socialização, concentração, equilíbrio, conscientização postural, ganho da auto estima, respiração e recuperação da autoestima. A convivência com o animal traz o respeitar e o cuidar do outro e, por consequência o aumento da tolerância, da afetividade, da responsabilidade e da paciência”, elenca Marisa Tupan. Ao ar livre, contamos com estímulos do ambiente que se mostram relevantes para o bem-estar do praticante.

Saiba mais

  • A prática é realizada por uma equipe multiprofissional que atua de forma interdisciplinar. No Centro de Equoterapia Marisa Tupan atuam um fonoaudiólogo, dois fisioterapeutas, três psicopedagogos e dois equitadores (instrutores de equitação), além dos cinco cavalos: Pepeu, Xereta, Pingo, Mouro e Bento.
  • O ideal é que a prática seja uma recomendação médica.
  • O primeiro passo é uma avaliação que definirá o programa terapêutico, o número de aulas, o melhor cavalo e equipamentos, entre outros.
  • Com o objetivo desenvolver a confiança do aluno com o animal são desenvolvidas atividades nas quais as pessoas são convidadas, por exemplo, a alimentar e escovar os cavalos.
  • Os alunos, geralmente, não montam sozinhos. São auxiliados pelos equitadores e acompanhados por profissionais da área da saúde.
  • Um dos principais pontos fortes da equoterapia é a realização dos exercícios ao ar livre, que estimulam o bem-estar do praticante.
  • A equoterapia tem mais de dois mil anos. Hipócrates, o pai da Medicina, já utilizava o cavalo com fins terapêuticos no ano 351 a.C., na Grécia Antiga.

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