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Professores são preparados para atuar com deficientes visuais

Vinte e nove professores das redes pública e particular de ensino estão participando do curso Práticas Pedagógicas na Área de Deficiência Visual, que é realizado por módulos e teve início dia 11 deste mês. A promoção é da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por meio do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas Deficientes Visuais (CAP). Os próximos encontros ocorrerão dias 18, 20 e 27 deste mês, das 18h30 às 21h, na sede do CAP, no bairro Santa Cruz.

O objetivo do curso é preparar e reciclar os docentes que trabalham com alunos deficientes visuais, melhorando a prática pedagógica nas escolas. “O curso traz embasamento para os professores, preparando-os para o trabalho com o deficiente visual por meio da utilização de ferramentas voltadas para a educação especial. É também uma forma de atualizar os professores sobre novidades que surgem nesta área”, informa a gestora geral do CAP, Maria Soraia Nascimento Corrêa de Faria.

Ela explica que, além da parte teórica, o curso tem o lado prático, por meio de atividades ministradas aos participantes para serem desenvolvidas em casa, no intervalo dos encontros, que são apresentadas por eles na aula seguinte, para serem analisadas pelos profissionais que ministram o curso, os mediadores Paulo Roberto de Jesus Silva, Nancy Farias e Márcia Moraes.

Segundo a supervisora de Educação Especial da Seduc, Suzana Menezes, o curso é de fundamental importância para o professor que trabalha com pessoas com deficiência visual, pois permite uma vivência maior de sua realidade. “Durante o curso, o professor passa a entender melhor o mundo do deficiente visual, como ele se adequa ao mundo dos não deficientes e o apoio que precisa para viver de acordo com a deficiência que tem. Nas aulas, o professor tem atividades nas quais ele se comporta como se tivesse perdido a visão, o que cria uma maior sensibilidade para a questão e o permite ver o deficiente visual como um cidadão que só precisa de um apoio para desempenhar suas atividades, não como alguém que precisa de pena, de dó”, afirma.

De acordo com a supervisora, na rede estadual há cerca de 3 mil pessoas com vários tipos de deficiências, por isso a Seduc, por meio do CAP, promove cursos para atualizar e preparar docentes não somente para a questão didático-pedagógica mas de vivência. “Os professores precisam estar preparados para lidar com esses alunos, conhecer suas especificidades e dar o apoio que precisam para trabalhar suas potencialidades e se tornarem um profissional no futuro. Por isso é que o CAP repassa aos professores por meio do curso como é importante dar o apoio aos deficientes, permitindo-os viver com a limitação que possuem”, complementa.

Segundo Soraia Faria, esse é o primeiro curso específico de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas Deficientes Visuais, mas outros, em várias áreas, são ministrados pelo CAP, tanto para professores das redes pública e particular quanto para a comunidade.

Na área de deficiência visual há ainda os cursos de Braile (sistema de leitura com o tato para cegos) e Soroban (nome dado ao ábaco chinês, que consiste em um instrumento para cálculos matemáticos). O curso de Braile acontece aos sábados, à tarde, e o de Soroban, às segundas e quartas-feiras, pela manhã e à tarde. O CAP fica localizado na avenida Roberto Simonsen, n° 1, Santa Cruz. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 32 53-7231.

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