Mulheres com deficiência mostram que é possível superar limitações e se realizar na maternidade. Marta, que não desenvolveu a fala (oral), teve três filhas. Entre elas, Bianca (foto). Neste Dia das Mães, Bianca, em libras, diz para Marta: “Eu amo você”
Quando o bebê chega ao colo pela primeira vez, é inevitável: a emoção é forte, o desejo da maternidade se materializa. Não importa se é mãe Maria, mãe Francisca, se é mãe surda, mãe cega ou mãe cadeirante. Todas têm o mesmo potencial para amar, para educar, para ser boa mãe. O Ciência&Saúde conta neste Dia das Mães histórias daquelas que têm algum tipo de deficiência. Que fazem o que, muitas vezes, é incompreensível para a sociedade, pelo simples fato de amarem. São mulheres que têm limitações, sim – e quem não tem? -, mas aprenderam e aprendem com a vida a lidar com elas.
Clara Maria Araújo Brito, 53, é mãe de Clarice, 25, e Fellipe, 22. Ela é surda e teve a primeira filha aos 26 anos. “Sempre tive vontade de ser mãe. Fiquei muito emocionada. Eles mamavam demais, eu fazia tudo por eles”, sorri. A avó das crianças, Mariêta, esteve sempre por perto, auxiliando nos momentos de dificuldade, como conversar com o médico, com a professora. O contato das crianças com familiares permitiu que eles começassem rapidamente a falar. E, aos poucos, foram aprendendo as libras para se comunicarem com a mãe. “Até hoje, sou muito carinhosa e os ajudo muito. Meus filhos são muito unidos”, emociona-se.
Assim como a mãe Clara, existem a mãe Aíla, a mãe Alaíde, a mãe Marta e várias outras que estão nas páginas a seguir. Para a psicóloga e professora de Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), Luciana Maia, coordenadora do Programa de Acessibilidade da Associação Vida Brasil, a concepção de que as mulheres com deficiência são incapazes de gerar e cuidar dos seus próprios filhos está muito mais relacionada às concepções que existem na sociedade sobre a deficiência, do que propriamente às condições concretas dessas mulheres.
Segundo a professora, que é também doutora em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a condição da mulher de exercer a maternidade não passa, necessariamente, por ela ter ou não deficiência. Ela afirma que difundir as informações e garantir a acessibilidade para estas mulheres é um importante passo para desmistificar as ideias acerca da deficiência.
De acordo com a enfermeira Márcia Machado, que realizou recente pesquisa sobre mães cegas, esta mãe tem na amamentação um meio maravilhoso de estabelecer rapidamente outras formas de comunicação com a criança, como o toque, o cheiro, o som e até a sensibilidade intuitiva. “Este contato facilitará a adaptação da mãe às necessidades do bebê”, explica a professora e pesquisadora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). Os familiares e amigos exercem um grande papel quando a mulher com deficiência tem filhos.
Conforme Márcia, nem todas as mães podem estar em seu pleno estado de saúde ou ter perfeito funcionamento dos seus órgãos dos sentidos e, mesmo assim, podem exercer a sua função essencial de cuidar. Mas, segundo ela, para evitar que algumas deficiências possam interferir no cuidado dos filhos, é muito importante que os serviços de saúde avaliem como se sentem essas mães e quais as suas principais dificuldades na interação com os filhos.
5 dicas para viver melhor
>> Abundante no Brasil, o brocólis acaba de virar o herói na prevenção de câncer de estômago. Segundo o jornal Daily Mail, a ingestão diária de brotos do legume significa uma proteção maior ao órgão do aparelho digestivo.
>> Estudos revelam que suplementos de ômega-3, uma gordura poli-insaturada abundante em peixes de águas frias e profundas, como o salmão e a sardinha, podem reduzir a dor decorrente de inflamações, reumática e cólicas menstruais.
>> Pesquisa, assinada por David J. Stensel, da Universidade de Loughborough, na Grã-Bretanha, mostrou que a caminhada é mais eficaz para inibir o apetite do que a musculação. Segundo Stensel, a prática regular interfere na produção de dois dos mais importantes hormônios reguladores da fome: o peptídeo YY (que reduz o apetite) e a ghrelina (que estimula a vontade de comer).
>>As nozes ganharam um sabor a mais após a descoberta de pesquisadores dos Estados Unidos. Já se sabia que nozes, e outras oleaginosas,previnem o envelhecimento. E agora foi constatado que adicionar uma quantia moderada do fruto seco a uma dieta balanceada pode ajudar também os idosos a melhorar o desempenho em tarefas que requerem habilidades motoras e comportamentais.
>> O ácido fólico ou vitamina B9, além de ser essencial para a saúde dos glóbulos vermelhos, reduzindo os riscos de defeitos no nascimento, pode suprimir reações alérgicas e reduzir os sintomas de asma e alergia, segundo estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
A vitamina pode ser encontrada em verduras de folhas verdes, fígado, cenoura, levedo de cerveja e gema de ovo, e, no Brasil, em produtos à base de farinha de trigo e farinha de milho.