Pais de crianças com autismo, uma doença que faz com que as crianças tenham dificuldades de se relacionar com o mundo externo, enfrentam problemas em Campinas. Na cidade, existe apenas uma instituição que atende gratuitamente portadores da doença, a Adacamp (Associação para o Desenvolvimento de Autistas de Campinas), e não há vagas para atender a demanda.
Sem tratamento, sem cuidados específicos, meninas e meninos não recebem em casa a atenção necessárias para se desenvolverem adequadamente.
Existem atualmente 70 pessoas na fila de espera da Adacamp, que atende hoje 96 usuários, mas tem capacidade para 80. A instituição, a única da região de Campinas que atende de graça as pessoas com autismo, ainda não tem condições de ampliar o atendimento, que em uma clínica particular custa, em média, R$ 3,8 mil por mês.
O trabalho feito pela associação é específico, explica a coordenadora da Adacamp, Argene Virgili. O entidade oferece atendimento médico e aulas de coordenação motora, computação e várias oficinas de arte diariamente. A associação orienta também os pais sobre como lidar com o autismo.
A demanda, segundo a coordenadora, aumenta diariamente, com encaminhamentos de hospitais e creches de toda a região. Ela explica que a Adacamp tem um projeto de ampliação, mas precisa da verba.