O objetivo é atender, de forma permanente, as pessoas vitimadas por este problema, que, além de comprometer a estética facial, afeta a autoestima e compromete a respiração e a fala. Para isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) manteve contato com a direção da Organização Não Governamental Operação Sorriso Brasil, visando obter informações técnicas para desenvolver o projeto.
“O grande número de portadores deste problema que compareceu para se submeter à triagem clínica nesta segunda-feira (13), aqui na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, evidencia a grande demanda reprimida que há para ser atendida. Por isso, estamos empenhados no propósito de realizarmos este atendimento em Alagoas, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que além de melhorar a autoestima daqueles que se submetem à cirurgia corretiva, problemas quanto à fala e respiração também são corrigidos”, expôs o vice-governador José Wanderley Neto.
Júlia Levino ressaltou a importância social da Operação Sorriso Brasil que, para ser realizada, contou com o apoio logístico da Sesau. “Não dispomos deste serviço no Estado e alguns portadores da fenda palatina e labial têm que ser atendidos por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), mas estamos trabalhando no sentido de disponibilizarmos este serviço em uma unidade hospitalar pública do Estado”, reforçou.
Lábio-palatal — A fissura lábio-palatal, também conhecida como “lábio leporino” é resultado de uma má formação dos lábios e do céu da boca, que ocorre durante a formação do bebê. Existem diferentes tipos de fissura lábio-palatal, elas atingem os lábios, lábios e céu da boca e algumas só o céu da boca. Várias podem ser as causas e os cientistas já descobriram que a fissura ocorre durante a fase inicial da gravidez, mas as causas precisas são incertas.
A deformidade no rosto, se não resolvida, pode abalar toda a vida da criança e sua família. O paciente pode apresentar dificuldade na alimentação, alterações na fala e voz hipernasal. Em função de diversos desarranjos das vias aéreas, há possibilidade de perda auditiva.
Números no Brasil – Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) há no Brasil cerca de 1 criança com fissura para cada 650 nascidas e cerca de 5,8 mil novos casos todos os anos. As estimativas gerais são de cerca de 280 mil pessoas com fissura lábio/palatal em todo o país. Muitos não sabem que o problema pode ser tratado.