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Deficientes querem ser respeitados no DF

A II Marcha das Pessoas com Deficiência reuniu cerca de 50 manifestantes, na manhã de hoje, próximo à Rodoviária do Plano Piloto. Eles fecharam duas faixas do Eixo Monumental para reivindicar mais acesso não só a rampas de ônibus, mas também à educação, à saúde e ao lazer.

Além disso, os deficientes visuais, auditivos, físicos, autistas e com Síndrome de Down que vivem no DF e Entorno reivindicam inclusão social e reformas para melhorar acessibilidade de pessoas com deficiência aos espaços públicos. O ato também marcou o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado hoje.

Mesmo em número reduzido, os manifestantes, com muito esforço, deram a volta na Rodoviária e pediram medidas inclusivas ao GDF, como escolas acessíveis, intérprete de Libras (linguagem de sinais para deficientes auditivos), legenda na TV, trabalho, saúde de qualidade e outros mecanismos. Os manifestantes também se queixaram da moradia no DF. Eles dizem que a sociedade os exclui à medida que só podem morar em alguns lugares.

“Os banheiros quase nunca são adaptados e são pequenos para realizar isso”, disse um dos organizadores.

De acordo com o vice-presidente do Conselho dos Direitos das Pessoas com Deficiência do DF, Luiz Maurício Alves dos Santos, é preciso avaliar e reconhecer que a capital federal evoluiu.
 
“O governador [José Roberto Arruda] viu a necessidade de inclusão no transporte. Porém, 20 ônibus não atendem os 300 mil deficientes do DF”, disse, referindo-se ao lançamento das 20 linhas de transporte público com veículos adaptados.

O funcionário público Eliseu Alves Campos, 29 anos, disse que Brasília tem muitos problemas com rampas e ônibus. “Muitos deficientes não tiveram como vir para a manifestação porque não tinha condução.”

Crianças com deficiência também participaram do ato. O estudante Perseu Reis de Oliveira Rufino, 14 anos, conta que quando vai para escola enfrenta vários obstáculos. “No caminho do colégio, tem um lugar que nem calçada tem, preciso passar pela rua e corro o risco de ser atropelado”, completou

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