A inclusão é um processo mundial, mas no Brasil o movimento, na prática, ainda é embrionário. A transformação está vindo aos poucos”, aponta a coordenadora de articulação e políticas de inclusão da Seesp, Denise Alves. Segundo ela, a especialização faz parte do Programa Educação Inclusiva, que tem o objetivo de garantir o direito de acesso e permanência dos alunos com deficiência nas escolas públicas. A primeira etapa do curso tem início previsto para março, em Brasília, e será voltada para 144 educadores dos municípios-pólo, ou seja, responsáveis pela disseminação do programa para outras regiões. “Depois, eles retornam para suas cidades e repassam essa formação para sua área de abrangência, ou seja, mais dez professores”, explica a coordenadora. Segundo ela, os educadores receberão treinamento de educação para deficiência mental, física, auditiva e visual. “Esse curso vai habilitar o professor a atuar no atendimento educacional especializado em uma das áreas de deficiência. Ele deve ter um conhecimento mais amplo, não aprofundado, mas que permita conduzir a metodologia dentro de uma sala de aula que tenha um aluno cego, surdo ou com deficiência mental”. No entanto, o presidente da Federação Nacional da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Eduardo Barbosa, lembra que também é preciso fornecer estrutura escolar adequada e material didático específico para esses alunos. “Temos que refletir sobre a flexibilização dos currículos e o processo de avaliação escolar desses alunos, principalmente no que se refere aos alunos com deficiência mental ou intelectual. Precisamos estar atentos, não exigindo deles aquilo que às vezes não podem corresponder”.
fonte: RADIOBRAS – AGENCIA BRASIL