Vem chegando o dia 3 de dezembro, Dia Internacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Nesta data pelo menos saímos da invisibilidade, somos lembrados. Estão previstos vários eventos homenageando as pessoas com deficiência, Audiências Públicas, Sessões Solenes, Apresentações, etc. Na Câmara Federal e no Senado, nas Câmaras Legislativas e Municipais, em Secretarias e Ministérios, Tribunais e Praças Públicas. Em todo Brasil acontecerão eventos comemorando este dia.
Serão incontáveis os discursos de políticos e autoridades, todos enaltecendo as pessoas com deficiência, falando de inclusão e dos avanços em nossa legislação.
Sim, teremos uma agenda política e midiática bem extensa no dia 3 de dezembro. Mas no dia 4 de dezembro, tudo volta ao normal, para os ditos normais. No dia seguinte, tudo continuará igual, com a rotina de sempre.
Passado o dia 3 de dezembro, nossa vida continuará igual, com os mesmos problemas e as dificuldades de sempre.
Estudantes cegos continuarão aguardando até o meio do ano letivo para receber o livro didático em braile.
Adultos cegos continuarão enfrentando dificuldades sobre-humanas para ingressar no mercado de trabalho. Continuarão, inclusive, lutando por acessibilidade nos Concursos Públicos.
Cadeirantes continuarão enfrentando calçadas esburacadas e desniveladas, a ausência de rampas ou com inclinação inadequada, transporte público e espaços públicos nem sempre acessíveis.
Surdos continuarão sem atendimento em Libras nos espaços públicos.
E continuarão travando a incansável luta para convencer o MEC da necessidade das escolas bilíngue.
Crianças com deficiência, pelo interior do País, continuarão sem professores especializados e salas de recursos nas escolas.
Pessoas com deficiência continuarão pagando altos preços, recheados de impostos, nos produtos que lhes garantam acessibilidade.
E a sociedade, em geral, continuará descumprindo impunemente a legislação que trata de nossos direitos.
As pessoas ditas normais, continuarão nos vendo como pessoas que precisam de ajuda, caridade ou tratamento médico, e não de oportunidades.
É por isso, que no dia 3 de dezembro eu vou pra rua!
Vou lutar pelos meus direitos!
Vou lutar pelo direito das pessoas com deficiência!
Não vou assistir autoridades discursando, Vou pra rua , para ser ouvido!
E, espero você, na rua, junto comigo!
2ª MARCHA DAS BENGALAS
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DIA 3 DE DEZEMBRO
ÀS 14 HORAS
NO MUSEU DA REPÚBLICA