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Em prol de deficientes visuais e auditivos

A Adavida (Associação dos Deficientes Auditivos Visuais), localizada na Vila Guarani, em Santo André, se dedica há 14 anos a ajudar crianças e adultos com problemas visuais e auditivos. A vice-presidente da entidade, Aparecida Negresiolo, conta que a associação é a única da região que oferece assistência terapêutica e educacional gratuitamente, e também acompanha as famílias. Atualmente, 36 pessoas são atendidas pela Adavida, de crianças a adultos. Criada em 1997 por grupo de mães com filhos com deficiência auditiva, a instituição oferece os serviços de atendimento fonoaudiológico, psicopedagógico, terapia ocupacional, além de disponibilizar cursos de libras, Braille e de informática.

 

 

No fim do ano passado, a empresa norte-americana Walt Disney Company escolheu a entidade para financiar o projeto de informática, com a doação de 16 computadores. Um curso de informática destinado apenas aos deficientes auditivos deverá ter início em agosto. “Queremos ampliar as aulas para inserir técnicas administrativas e dar reforço em Português e Matemática. Pretendemos dividir por faixa etária, pois cada um tem um conhecimento”, revelou a vice-presidente. Para atingir a meta, a equipe segue preparando o material apostilado com tradução em libras, para facilitar o entendimento por meio da linguagem de sinais. “Nenhum curso de informática tem esse material e nós pretendemos finalizá-lo até o fim de julho”, afirma Aparecida. A vice-presidente, que tem um filho com deficiência auditiva, explica que a vontade de ajudar a quem convive com os mesmos problemas é o que mantém a entidade há tantos anos. “Nossa motivação vem de Deus.

Minha maior tristeza é quando não podemos ajudar.” Atualmente, a fila da triagem para atendimento na Adavida é de dez pessoas. Ao todo, por volta de 30 pessoas trabalham pela instituição, incluindo a diretoria. Doações financeiras, mantimentos e roupas são aceitos em forma de colaboração voluntária. AJUDA A equipe formada por psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e instrutores de libras atende de segunda-feira a sábado, na Rua Maldonado, 158. A entidade é subsidiada por donativos e pela realizações de eventos para arrecadar fundos, como bazares e jantares, o que faz desde o início de sua história. Além disso, conta com apoio e ajuda de empresas parceiras. Sábado, será organizado o Bazar de Dia das Mães, onde serão comercializados de objetos artesanais produzidos pelas mães das crianças que hoje recebem assistência da Adavida. Preparação voltada para o mercado de trabalho o trabalho desenvolvido há sete anos pela psicóloga Ana Maria Lourenço beneficia os que buscam uma oportunidade trabalho. Com recrutamento de funcionários em libras, ela traça perfis de candidatos e envia às empresas. “Precisamos trabalhar os deficientes. Eles têm de saber como se portar em uma empresa e precisam conhecer as dificuldades no relacionamento com outras pessoas.

Estou contente pela abertura do mercado de trabalho”, afirma Ana Maria. A psicóloga também recebe casos de crianças com dislexia, dificuldade de aprendizagem e transtorno de hiperatividade. EXEMPLO A distância não é empecilho para a dona de casa Antonina Alves de Oliveira e sua filha Jéssica de Oliveira, 16 anos. A menina faz tratamento em Santo André, mas a família mora no Itaim Paulista, na Capital. Elas tomam dois trens e dois ônibus. Jéssica tem dificuldade para falar e recebe tratamento há três meses. “No começo ela era muito tímida. Hoje as pessoas já conseguem entender melhor o que ela fala. Vale a pena o sacrifício, pois ela está evoluindo. Aqui todos têm muita vontade de ajudar”, conta a mãe.

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