Cadeirantes, deficientes ou não, todo o público que passou pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), na tarde de ontem, pode conhecer um pouco mais sobre o basquete em cadeira de rodas. Em uma partida de exibição, o time ADD/Magic Hands, integrado pelos melhores atletas da modalidade de São Paulo, divulgou o esporte, interagiu com o público e deu grande exemplo de superação. {accesstext mode=”level” level=”registered”}
PARA CONTINUAR LENDO A MENSAGEM REGISTRE-SE OU ENTRE NA SUA CONTA.|| O evento integrou a Semana Olímpica da unidade, que, em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro, realizou vivências, bate-papos e apresentação de atletas renomados nos esportes olímpicos e para-olímpicos durante todo o fim-de-semana. Além do basquete, esportes como ginástica rítmica e arco e flecha fizeram parte das atividades.
“A função desse encontro é divulgar a modalidade e mostrar o potencial da pessoa deficiente na área esportiva. Essa interação do público com os atletas, brincando e jogando na quadra juntos, contribui na conscientização da sociedade sobre a necessidade do deficiente físico estar inserido dentro de uma atividade como esta; para que eles não sejam vistos como pessoas limitadas, e, ao contrário, serem enaltecidos pelo seu potencial”, considera o técnico da equipe paulistana Seleno Santos sobre a mais antiga modalidade de esporte praticada por portadores de deficiência no Brasil.
Existente há 10 anos, o ADD/Magic Hands ficou entre as quatro melhores equipes do mundo no Campeonato Mundial de Interclubes no Canadá, além de ser considerada a revelação do torneio. Integrantes do time já representaram o Brasil nas Para-olímpíadas de Atenas, em 2004, e na de Pequim, no ano passado.
Acompanhado do professor de educação física Marcelo Noronha, Rogério Quintana, 49 anos, foi um dos que quis conferir de perto o esporte. Com os membros inferiores atrofiados, seqüela de uma poliomielite, o bauruense locomove-se com auxílio de muletas e há cerca de um mês incluiu o basquete em cadeira de rodas na sua rotina.
“O esporte me trouxe melhorias em todos os sentidos. Ele me tira de casa e me coloca em contato com outras pessoas. Do contrário a gente acaba só ficando fechado dentro de casa e engordando. Vim conhecer mais sobre o esporte, os atletas e experimentar essas cadeiras que são próprias para a atividade”, comenta. “A iniciativa é ótima e um estímulo muito bom para as pessoas. Devia haver mais eventos como esse na cidade”, completa o professor Noronha. {/accesstext}