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Brasília
31/03/2025
RG do NORTE

Deficientes aproveitam aniversário de Brasília para protestar na Esplanada

Cerca de 150 deficientes físicos e auditivos, além de familiares, aproveitaram o aniversário de Brasília para fazer um protesto. Com faixas, apitos e nariz de palhaço, eles fizeram hoje (21) um ato para reivindicar mais acessibilidade dos portadores de deficiência na capital federal.

Os manifestantes se concentraram em frente à Catedral de Brasília. Das 10h às 14h, eles circularam pela Esplanada dos Ministérios, onde ocorre a maior parte das comemorações pelos 47 anos de Brasília, para expressar a insatisfação em relação à maneira com que os deficientes são tratados em plena capital da República.

“Infelizmente, os deficientes não têm muito o que comemorar nesta data”, ressaltou Michel Platini Gomes Fernandes, coordenador-geral do Fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência no Distrito Federal e Entorno (Faped). “A gente precisou fazer um ato para lembrar que os portadores de necessidades especiais não são invisíveis.”

Segundo Michel, o principal motivo da manifestação foi o fato de a recente compra de 310 ônibus para modernizar a frota do Distrito Federal não ter incluído veículos adaptados para deficientes físicos. Eles também se queixam da falta de adaptação de edifícios e calçadas nas cidades do Distrito Federal.

Os manifestantes reclamaram ainda que o ensino especial nas escolas públicas do Distrito Federal está aos poucos sendo extinto. Deficientes auditivos e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) também reforçaram o protesto. “Os alunos estão sendo transferidos para salas normais, sem preocupação se eles vão conseguir acompanhar o ritmo de ensino”, ressaltou Platini.

A assessoria de imprensa do Governo do Distrito Federal informou que os novos ônibus não contam com adaptação para deficientes porque a compra foi feita em caráter de emergência e assegurou que a próxima remessa contará com veículos especiais. Em relação à transferência de alunos para salas normais, a Secretaria de Educação do Distrito Federal alegou que a medida pretende acelerar a integração dos deficientes com os demais estudantes.

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