EMPREGOS

Cidade de Socorro quer ser centro de acessibilidade

Já foi o tempo em que saltar de tirolesa, percorrer um curso d’água cheio de corredeiras, descer de rapel ou fazer trilha no meio do mato eram esportes apenas para aventureiros com plenas condições físicas, motoras e sensoriais.
Viajantes com deficiência ou com mobilidade reduzida também têm a oportunidade de fazer esse tipo de turismo de aventura, com atividades cheias de adrenalina.

A cidade de Socorro (134 km de São Paulo) oferece pelo menos duas opções de lazer para que todos experimentem o contato com a natureza e com a prática de esportes radicais.

Os hotéis Parque dos Sonhos e Campo dos Sonhos são alternativas para um turismo de aventura acessível, com infraestrutura especial e pessoal com prática e treinamento para atender cegos, surdos, cadeirantes, “muletantes” e demais deficientes.

As instalações dos dois empreendimentos são rústicas, com pedras soltas, ladeiras, terreno irregular e gramados. Porém, para cadeirantes, é oferecida uma espécie de cadeira motorizada “off-road”, com pneus especiais e potência para vencer os obstáculos.

As dimensões do “veículo” não diferem das dos tradicionais e, desta forma, é possível ao deficiente usar o equipamento dentro dos apartamentos, saunas, restaurante e banheiros sem transtornos.

Todo o circuito das tirolesas do Parque dos Sonhos, que conta com três descidas –de 1 km (e 140 m de altura), 400 m e 200 m–, pode ser realizado por pessoas com deficiência, mesmo as com dificuldades motoras mais severas.

A prática do boia-cross dentro do hotel exige um pouco de equilíbrio no tronco e razoável força nos braços para conduzir a “embarcação” ao longo do curso d’água com algumas quedas ao longo do caminho.

Nessa modalidade, os instrutores acompanham de perto o deficiente, mas a atividade não possui adaptação nem equipamento especiais.

“Para alguns tetraplégicos ou pessoas com muita restrição de movimento, nós fazemos o percurso em canoas e caiaques”, diz o instrutor Juan José Bento de Souza.

Nas instalações do hotel, é possível também fazer rapel adaptado, passeio por trilhas em uma cadeira especial e nadar na piscina aquecida. Porém, em qualquer uma das atividades o deficiente terá de confiar na força física dos monitores, que, em alguns momentos, terão de acomodar o deficiente nos equipamentos.

“As pessoas com deficiência que fazem esportes radicais costumam nos falar que ganham um salto em sua autoestima, o que é muito bom pra nós também”, conta o instrutor Marcelo Rodrigues Leite.

Related posts

Região cumpre 23,94% da Lei de Cotas

Eraldo

1109 vagas exclusivas para deficientes

Eraldobr

TRT isenta empresa de multa por lei de cotas

Eraldobr

Leave a Comment