São Maurício e companheiros mártires, soldados de Deus
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>Maurício, Exupério, Cândido, Vitor, Inocêncio, Vital e outros eram oficiais e soldados do exército que foi encarregado, 287, de reprimir a revolta dos Bagaudas (Bagauda vem da palavra céltica<i>bagad</i>, que significa multidão). Tratava-se, com efeito, de uma multidão de aldeões, pastores e escravos, que se revoltaram contra os seus senhores certas partes da Gália, ameaçando a dominação romana.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>A Ordem<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Foi Maximiano Hércules quem recebeu ordens de Diocleciano para sufocar esta insurreição. Depois de atravessar os Alpes, interrompeu a marcha na Suíça, a fim de dar descanso de três dias às tropas. A guarda avançada acampou Agaunum, a cerca de quinze milhas do Lago de Genebra. Era a esta guarda que pertenciam Maurício e os companheiros. Formavam um destacamento constituído inteiramente por cristãos, tirados, ao que parece, dos exércitos egípcios que guardavam habitualmente as fronteiras meridionais da Tebaida, daí o nome, que lhes deram, de Legião Tebana.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Páscoa<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Antes de entrar combate, Maximiano Hércules deu ordens para que todas as tropas se concentrassem Octodure, a fim de sacrificarem aos deuses e prestarem juramento. Com a Legião Tebana, se recusou a tomar parte nessa cerimônia: “Somos seus soldados, mas também servos de Deus”, eles disseram.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>Eles foram dizimados por ordem do comandante. Não tendo este castigo alterado as posições dos soldados, Maximiano mandou dizimá-los pela segunda vez. Os sobreviventes, porém, não deram mostras de se quererem acomodar aos desejos do comandante e, por isso, foram todos passados pelas armas.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Igreja e Relíquias<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>O campo ficou forrado de sangue e cadáveres. Naquele lugar e naquela época, foi erguida uma igreja honra e culto a esses santos mártires do cristianismo, encontrada somente por volta do ano 1893. A maioria das relíquias dos corpos dos soldados cristãos da legião tebáica, atualmente, é venerada no Convento de São Maurício de Agaunum, na região do Valese, atual Suíça. Especialmente no dia 22 de setembro, determinado pelo calendário oficial da Igreja de Roma.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Minha oração<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”><i>”Ao pelotão de soldados que deram testemunho da verdade e da verdadeira luta, sede auxílio no tempo de guerra e de combate da fé. Intercedei para que, se necessário, saibamos dar a nossa vida favor de Cristo e da Igreja, fiel à vontade Divina. Amém!”</i></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>São Maurício e companheiros mártires, rogai por nós!</b></span></p>
<p></p>
<p style=”text-align: center;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Outros santos e beatos celebrados 22 de setembro</b></span></p>
<h2 style=”text-align: center;”><a href=”https://www.liturgia.pt/martirologio/elogio.php?data=2024-09-22#” target=”_blank” rel=”noopener”><span class=”seculo”><span style=”font-size: 18pt;”>Martirológio Romano</span></span></a><br />
<span class=”byline” style=”font-size: 12pt;”>Secretariado Nacional de Liturgia</span></h2>
<p></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>1.</strong>Em Roma, no cemitério de Comodila, junto à Via Ostiense, a comemoração de Santa<strong>Emérita</strong>, mártir.<span class=”seculo”>(† data inc.)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>2.</strong>Em Agaune, no território de Valais, na Helvécia, hoje Saint-Maurice, na Suíça, os santos mártires<strong>Maurício</strong>,<strong>Exupério</strong>e<strong>Cândido</strong>, soldados, os quais, como narra Santo Euquério de Lião, juntamente com os companheiros da<strong>Legião</strong><strong>Tebana</strong>e o veterano<strong>Vítor</strong>, mortos por Cristo no tempo do imperador Maximiano, honraram a Igreja com a sua gloriosa paixão.<span class=”seculo”>(† c. 302)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>3.</strong>Em Roma, junto à Via Salária Antiga, o sepultamento de Santa<strong>Basila</strong>, mártir, no tempo dos imperadores Diocleciano e Maximiano.<span class=”seculo”>(† 304)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>4.</strong>Em Levroux, localidade do território de Bourges, na Aquitânia, actualmente na França, São<strong>Silvano</strong>, eremita.<span class=”seculo”>(† c. s. V)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>5.</strong>No monte Glonna, junto ao rio Loire, no território de Poitiers, na Gália, também na actual França, São<strong>Florêncio</strong>, presbítero.<span class=”seculo”>(† c. s. VI)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>6.</strong>No território de Coutances, também na hodierna França, São<strong>Lauto</strong><em>ou</em><strong>Laudo</strong>, bispo.<span class=”seculo”>(† d. 549)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>7. </strong>Em Laon, na Nêustria, também na actual França, Santa<strong>Salaberga</strong>, abadessa, que, segundo se narra, foi curada da cegueira e conduzida ao serviço de Deus por São Columbano.<span class=”seculo”>(† c. 664)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>8.</strong>Em Ratisbona, cidade da Baviera, na Alemanha, Santo<strong>Emeramo</strong>, bispo, que sofreu o martírio pela fé Cristo.<span class=”seculo”>(† c. 690)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>9*.</strong>No mosteiro cisterciense de Morimond, na França, o passamento do Beato<strong>Otão</strong>, bispo de Freising, que morreu com o hábito monástico, que nunca deixou durante o episcopado.<span class=”seculo”>(† 1158)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>10.</strong> Em Turim, no Piemonte, região da Itália, Santo<strong>Inácio</strong><strong>de</strong><strong>Santhiá</strong>(Lourenço Maurício Belvisótti), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, muito assíduo na audição de confissões e na assistência aos enfermos.<span class=”seculo”>(† 1770)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>11*. </strong>Ao largo de Rochefort, na França, o Beato<strong>José</strong><strong>Marchandon</strong>, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, por causa do seu sacerdócio foi encarcerado numa sórdida galera, onde morreu consumido pela fome e as enfermidades e foi ao encontro do Pai.<span class=”seculo”>(† 1794)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>12.</strong>Em Seul, na Coreia, a paixão dos santos<strong>Paulo</strong><strong>Chong</strong><strong>Ha-sang</strong>e<strong>Agostinho</strong><strong>Yu Chin-gil</strong>, mártires: o primeiro dirigiu durante vinte anos, tempo de perseguição, a primeira comunidade cristã; o segundo escreveu cartas ao papa Gregório XVI pedindo-lhe presbíteros para a Coreia; ambos catequistas, depois de submetidos aos mais duros suplícios, foram degolados por causa da sua fé.<span class=”seculo”>(† 1839)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>13*.</strong>Em Monserrat, na província de Valência, na Espanha, o Beato<strong>Carlos</strong><strong>Navarro Miguel</strong>, presbítero da Ordem dos Clérigos das Escolas Pias e mártir, que, durante a perseguição contra os religiosos, foi coroado com nobre martírio.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>14*.</strong>No mesmo lugar, o Beato<strong>Germano Gonçalvo Andréu</strong>, presbítero e mártir, que, durante a mesma perseguição, foi coroado com o testemunho glorioso de Cristo.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>15*.</strong>Em Alcira, também na província de Valência, os beatos mártires<strong>Vicente Pelufo Corts</strong>, presbítero, e<strong>Josefina Moscardó Montalvá</strong>, virgem, que, durante a mesma perseguição contra a fé cristã, mereceram chegar à presença de Deus omnipotente com a palma da vitória.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>16*.</strong>Em Bolbaite, também na província de Valência, o Beato<strong>Vicente</strong><strong>Sicluna</strong><strong>Hernández</strong>, presbítero e mártir, que foi morto na mesma perseguição religiosa.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>17*.</strong>Em Corbera, localidade próxima de Valência, também na Espanha, a Beata<strong>Maria da Purificação Vidal Pastor</strong>, virgem e mártir, que mereceu associar-se às núpcias eternas com seu Esposo, Jesus Cristo.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>18♦. </strong>Em Madrid, também na Espanha, os beatos<strong>Estêvão Cobo Sanz</strong>e<strong>Frederico Cobo Sanz</strong>, religiosos da Sociedade Salesiana e mártiresna mesma perseguição contra a fé cristã.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>19♦.</strong> Em Azuaga, perto de Badajoz, também na Espanha, os beatos<strong>Félix Echevarría Gorostiaga</strong>, presbítero da Ordem dos Frades Menores e<strong>companheiros</strong><a href=”https://www.liturgia.pt/martirologio/elogio.php?data=2024-09-22#_ftn1″ name=”_ftnref1″ target=”_blank” rel=”noopener”>[1]</a>mártires, que, na mesma perseguição, virtude da sua intrépida fidelidade receberam do Senhor a recompensa eterna.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><a href=”https://www.liturgia.pt/martirologio/elogio.php?data=2024-09-22#_ftnref1″ name=”_ftn1″ target=”_blank” rel=”noopener”>[1]</a> São estes os seus nomes: António (Ruperto Sáez de Ibarra López), Francisco Jesus (Francisco Carlés González), Luís Echevarría Gorostiaga, presbíteros; Miguel (Leão Zarragúa Iturrízaga) e Simão Miguel Rodríguez, religiosos, todos da mesma Ordem dos Frades Menores.</span></p>
