13/09/2025

São José de Cupertino, o padroeiro dos estudantes

<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>Quando José Maria Desa nasceu, 17 de junho de 1603, na cidadezinha de Cupertino, na província italiana de Lecce, sua família não levava uma vida fácil. Seu pai, Félix, foi envolvido na falência financeira de um conhecido, a quem haviaprestado dinheiro, acabando na miséria. Por isso, José veio ao mundo uma estrebaria, como Jesus, e, desde criança, teve de arregaçar as mangas para contribuir com as despesas de casa, trabalhando uma venda.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>São José de Cupertino até começou a ir à escola, mas foi acometido por uma úlcera gangrenosa, que o obrigou a deixar os estudos por cinco anos. Sua mãe, Francisca Panaca, mulher forte e vigorosa, tentou dar-lhe uma formação básica, mediante a narração da vida dos Santos, como a de São Francisco. Assim, amadureceu José o desejo de seguir e imitar a vida do “Pobrezinho de Assis”.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Franciscanos<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Aos 16 anos, pediu para entrar na Ordem dos Frades Franciscanos Conventuais, no convento da “Grottella”. Entretanto, a sua pouca formação escolar não o ajudou, sendo obrigado a voltar à sua vida de antes. Com o tempo, São José de Cupertino dirigiu-se aos Franciscanos Reformados e, depois, aos Capuchinhos de Martina Franca, mas a resposta era sempre a mesma: pouca instrução, além das suas primeiras manifestações de êxtase, durante as quais deixava cair tudo das mãos, que o tornaram inadequado para a vida comunitária.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>Neste ínterim, o Supremo Tribunal de Nápoles estabeleceu que, ao se tornar maior de idade, José devia trabalhar, sem remuneração, até pagar toda a dívida do pai, já falecido. Diante de tal sentença, que na verdade era uma verdadeira escravidão, o jovem voltou a pedir para entrar no convento de “Grottella”. Os Frades levaram a sério a sua situação e o ajudaram a fazer um verdadeiro percurso de estudos.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Sacerdócio milagroso<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Entre milhares de dificuldades, mas graças à sua grande força de vontade, chegou a hora de enfrentar o exame para o Diaconato. Ali, realizou-se um prodígio: José conhecia a fundo apenas uma passagem do Evangelho, precisamente aquela que, por acaso, o Bispo examinador lhe pediu para comentar. Um acontecimento extraordinário semelhante deu-se, novamente, três anos depois, durante o exame para o Sacerdócio: o Bispo interrogou alguns candidatos e, achando-os particularmente preparados, estendeu a admissão ao Sacerdócio a todos os outros candidatos. Enfim, 1628, José foi ordenado sacerdote.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>”Irmão burro” e dom de ciência infusa<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>A humildade de São José de Cupertino, porém, permaneceu proverbial: ciente das suas limitações culturais, nunca renunciava aos trabalhos manuais mais simples, chegando até a se apelidar “Irmão burro”; no entanto, dedicava-se ao serviço dos mais pobres. José viveu seu amor à Igreja de forma incondicional: colocou Cristo ao centro da sua vida e tinha uma profunda devoção a Maria, Mãe de Deus. Contudo, quem o ouvia falar reconhecia nele a luz de uma teologia madura, com a qual fazia debates profundos: era o dom da ciência infundida (Deus que revela o conhecimento ao homem), que o tornou um grande sábio.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Êxtases e levitações<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>No entanto, se acentuavam José os fenômenos de êxtases e levitações, sobretudo quando pronunciava os nomes de Jesus e Maria. Tais episódios não passaram despercebidos à Inquisição de Nápoles, que o convocou para saber se o jovem de Cupertino estivesse abusando ou não da credulidade popular. E, precisamente, diante dos Juízes, reunidos no Mosteiro de São Gregório Armênio, José teve uma levitação. Por isso, foi absolvido de todas as acusações, mas o Santo Ofício o obrigou ao isolamento, longe das multidões.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>O ponto mais alto: a Eucaristia<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Desta forma, o futuro Santo passou de um convento ao outro – Roma, Assis, Pietrarubbia, Fossombrone – até chegar a Ósimo, perto de Ancona. Finalmente, ao chegar ali, 1656, por ordem do Papa Alexandre VII, encontrou a paz. De fato, ali permaneceu sempre até a morte, levando sempre uma vida humilde, ao serviço do próximo e colóquio pessoal com Deus, que culminava na celebração Eucarística.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Páscoa<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>São José de Cupertino faleceu, 18 de setembro de 1663, aos 60 anos. Bento XIV o beatificou, 1753, e Clemente XIII o canonizou 16 de julho de 1767. Hoje, seus restos mortais descansam uma urna de bronze dourado, na cripta da igreja de Ósimo, a ele dedicada. Foi construído também um Santuário, sua homenagem, Cupertino, sobre a estrebaria onde o Santo nasceu.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Padroeiro dos Estudantes<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>”Capacidade de voar, com a mente e com o corpo”: eis a chave estilística, que caracterizava a vida de São José de Cupertino. No entanto, apesar das suas dificuldades nos estudos, recebeu o dom da ciência infundida e momentos de êxtase com levitações. Isso tornou-o padroeiro dos estudantes e universitários.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Minha oração<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”><i>”Tu, que alcançastes as mais altas ciências, não pela via intelectual, mas sim pelas vias místicas, ajudai-nos nos nossos estudos e no desejo mais sincero de conhecer a Deus. Ensinai-nos a descobrir Jesus o caminho da sabedoria. Amém!”</i></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>São José de Cupertino, rogai por nós!</b></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Outros santos e beatos celebrados 18 de setembro:</b></span></p>
<p style=”text-align: justify;”>
<h2 style=”text-align: center;”><span style=”font-size: 18pt;”><a href=”https://www.liturgia.pt/martirologio/elogio.php?data=2024-09-18#” target=”_blank” rel=”noopener”><span class=”seculo”>Martirológio Romano</span></a></span><br />
<span class=”byline” style=”font-size: 14pt;”>Secretariado Nacional de Liturgia</span></h2>
<p></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>1.</strong>Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santo <strong>Oceano</strong>, mártir.<span class=”seculo”>(† data inc.)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>2.</strong>Em Prymnesso, na Frígia, também na actual Turquia, Santa<strong>Ariadna</strong>, mártir.<span class=”seculo”>(† data inc.)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>3.</strong>No território da Gália Vienense, hoje na França, São<strong>Ferréolo</strong>, mártir, que, segundo consta, era tribuno no tempo da perseguição e se recusou a prender os cristãos; por isso, feito prisioneiro por ordem do governador, foi cruelmente flagelado e metido no cárcere; tendo-se evadido, foi novamente capturado pelos perseguidores e, decapitado, recebeu a palma do martírio.<span class=”seculo”>(† s. III)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>4.</strong>Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo<strong>Eustórgio</strong>, bispo, cuja confissão de fé contra os erros arianos é louvada por Santo Atanásio.<span class=”seculo”>(† a. 355)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>5*.</strong>Em Avranches, no litoral da Bretanha Menor, actualmente na França, São<strong>Senário</strong>, bispo.<span class=”seculo”>(† s. VI)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>6*.</strong>Em Limoges, na Aquitânia, também na actual França, São<strong>Ferréolo</strong>, bispo, que libertou de um iminente perigo a Marcos, porta-voz do rei Quildeberto, quando o povo desta cidade o queria matar.<span class=”seculo”>(† s. VI f.)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>7.</strong>Em Gortina, na ilha de Creta, Santo<strong>Euménio</strong>, bispo.<span class=”seculo”>(† c. s. VII)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>8*.</strong>Em Andlau, na Alsácia da Lotaríngia, na actual Alemanha, Santa<strong>Ricarda</strong>, que era rainha, mas, renunciando ao reino terreno, serviu a Deus num mosteiro por ela fundado.<span class=”seculo”>(† c. 895)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>9.</strong>Em Ósimo, no Piceno, actualmente nas Marcas, região da Itália, São<strong>José de Cupertino</strong>, presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais, que, nas circunstâncias adversas da sua vida, resplandeceu pela pobreza, humildade e caridade para com os necessitados de Deus.<span class=”seculo”>(† 1663)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>10. </strong>Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São<strong>Domingos</strong><strong>Trach</strong>, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, no tempo do imperador Minh Mang, preferindo morrer a ter de pisar o crucifixo, foi degolado e assim consumou o martírio.<span class=”seculo”>(† 1840)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>11*.</strong>Em Paimol, localidade próxima da missão de Kalongo, no Uganda, os beatos<strong>David</strong><strong>Okelo</strong>e<strong>Gildo</strong><strong>Irwa</strong>, catequistas e mártires, que, tendo-se espontaneamente oferecido para anunciar o Evangelho ao seu povo, foram mortos a golpe de lança pelos pagãos do lugar e assim manifestaram com o seu intrépido martírio o poder de Cristo.<span class=”seculo”>(† 1918)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>12*.</strong>Em Ciudad Real, na Espanha, o Beato<strong>Carlos</strong><strong>Eraña</strong><strong>Guruceta</strong>, religioso da Companhia de Maria e mártir, que, durante a perseguição violenta contra os sacerdotes e os religiosos, foi preso pelos milicianos e fuzilado sem processo judicial.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>13*.</strong>Próximo da cidade de Gandia, na província de Valência, também na Espanha, os beatos<strong>Fernando</strong><strong>Garcia</strong><strong>Sendra</strong>e<strong>José</strong><strong>Garcia</strong><strong>Más</strong>, presbíteros e mártires, que, durante a mesma perseguição, confirmaram com o seu sangue a fidelidade ao Senhor.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>14*.</strong>Em Monserrat, na mesma província de Valência, os beatos<strong>Ambrósio</strong>(Salvador Chuliá Ferrandis) e<strong>Valentim</strong>(Vicente Jaunzarás Gómez), presbíteros, e<strong>Francisco</strong>(Justo Lerma Martínez),<strong>Recaredo</strong>(José López Mora) e<strong>Modesto</strong>(Vicente Gay Zarzo), todos eles religiosos da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores, que, na mesma perseguição, foram coroados de glória pelo testemunho de Cristo.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>15♦.</strong> Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, também na Espanha, o Beato<strong>Salvador Fernández Pérez</strong>, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que, na mesma perseguição, seguindo os passos de Cristo, com o auxílio da graça alcançou o reino da vida eterna.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>16*.</strong>No campo de concentração de Dachau, próximo de Munique, na Baviera, região da Alemanha, o Beato<strong>José</strong><strong>Kut</strong>, presbítero e mártir, natural da Polónia, que durante a guerra foi encerrado no terrível cárcere por causa da sua fé cristã e, depois de cruéis tormentos, foi ao encontro do Senhor.<span class=”seculo”>(† 1942)</span></span></p>

Data

set 18 2030

Tempo

Evento o Dia Todo

Categoria

QR Code

Deixe um comentário

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais