São Cosme e São Damião
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>São Cosme e São Damião, nascidos na Arábia, se dedicaram ao cuidado dos enfermos, o que foi a alavanca principal da vida dos dois irmãos, que viveram no século III, no tempo da perseguição contra os cristãos. Eles cuidavam dos doentes, sem aceitar remuneração. Por isso, receberam o apelido de “anárgiros”, palavra grega que significa “sem prata”. A sua fama de homens corajosos e distintos benfeitores espalhou-se, rapidamente, por toda a região.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Cuidadores de Almas<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>A atividade desses santos gêmeos não se limitou apenas aos cuidados do corpo enfermo. Na sua prática profissional, visavam também o bem das almas, com o exemplo e a palavra. De fato, converteram muitos pagãos ao cristianismo.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>É famoso o episódio da cura de uma mulher hemorroíssa, chamada Paládia, que, por gratidão, deu três ovos aos dois irmãos. Porém, por não aceitarem, ela implorou a Damião que os aceitasse, nome de Cristo, aquela pequena oferta. Para não ofender a mulher, Damião aceitou os ovos. Este seu gesto provocou a reação de Cosme, que pediu, publicamente, após a sua morte, para não ser enterrado com seu irmão.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos suas curas.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Páscoa<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>O suplício dos dois irmãos é narrado pela Lenda Áurea, segundo a qual foram primeiro jogados no fogo, de onde saíram ilesos. Depois, foram condenados à lapidação, mas as pedras voltavam contra os atiradores. E, ainda, as flechas lançadas pelos arqueiros feriram seus algozes. Por fim, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Igreja<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, Constantinopla, uma grandiosa igreja honra dos seus protetores, São Cosme e São Damião. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do Papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu no dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.</span></p>
<p></p>
<pre style=”text-align: center;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>Cosme</strong>: Significa “ordem”, “ornamento”, “conjunto harmoniosamente composto”.Tem origem no nome grego<i>Kosmâs</i>, derivado da palavra<i>kósmos</i>, que quer dizer literalmente “ordem, ornamento ou conjunto harmoniosamente composto”.</span>
<span style=”font-size: 12pt;”><strong>Damião</strong>: Significa “domador”, “vencedor”, “aquele que subjuga” ou “consagrado ao culto de Damia”.É um nome com duas possibilidades de origem, uma através do latim<i>Damianu</i>, a partir do grego<i>Damianós</i>, de<i>damáo</i>, que quer dizer “domar, vencer, subjugar”.</span></pre>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Protetores e Padroeiros<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>São Cosme e São Damião são padroeiros dos médicos, dos cirurgiões, farmacêuticos, parteiras e das faculdades de medicina.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Minha oração<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”><i>”Reconhecidos como grandes médicos, curai as doenças da nossa alma, assim como as mazelas do nosso corpo. Pedimos aos irmãos a graça da fraternidade familiar, da paz e amizade entre os irmãos. Amém!”</i></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>São Cosme e São Damião, rogai por nós!</b></span></p>
<p style=”text-align: center;”><span style=”font-size: 14pt;”><b>Outros santos e beatos celebrados 26 de setembro</b></span></p>
<h2 style=”text-align: center;”><span style=”font-size: 14pt;”><a href=”https://www.liturgia.pt/martirologio/elogio.php?data=2024-09-27#” target=”_blank” rel=”noopener”><span class=”seculo”>Martirológio Romano</span></a></span><br />
<span class=”byline” style=”font-size: 14pt;”>Secretariado Nacional de Liturgia</span></h2>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>Memória de São<strong>Vicente</strong><strong>de</strong><strong>Paulo</strong>, que, cheio de espírito sacerdotal, se entregou ao cuidado dos pobres Paris, na França, reconhecendo cada pessoa atribulada o rosto do seu Senhor. Fundou a Congregação da Missão e, com a colaboração de Santa Luísa de Marillac, também a Congregação das Filhas da Caridade, para configurar a Igreja à sua imagem primitiva, para formar santamente o clero e para socorrer os necessitados.<span class=”seculo”>(† 1660)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>2.</strong>Em Milão, na Gália Transpadana, hoje na Lombardia, região da Itália, São<strong>Caio</strong>, bispo.<span class=”seculo”>(† s. III)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>3.</strong>Na fortaleza de Bremur, no território dos Éduos, na Gália, actualmente na França, São<strong>Florentino</strong>, que, segundo a tradição, foi decapitado pelos Vândalos juntamente com Santo<strong>Hilário</strong>.<span class=”seculo”>(† s. V)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>4.</strong>No cenóbio de Liessies, no Hainaut da Austrásia, também na actual França, Santa<strong>Hiltrudes</strong>, virgem, que viveu piedosamente retirada com seu irmão Guntardo, abade.<span class=”seculo”>(† d. 800)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>5.</strong>Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires<strong>Adolfo</strong>e<strong>João</strong>, irmãos, que, durante a perseguição dos Mouros, no tempo do rei ‘Abd ar-Rahman II, foram coroados com o martírio por Cristo.<span class=”seculo”>(† c. 825)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>6.</strong>Em Fara, próximo de Cíngoli, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, São<strong>Bonfílio</strong>, que, depois de ter sido bispo de Folinho, passou dez anos na Terra Santa e, ao regressar a Itália, se retirou no mosteiro de Stóraco, do qual tinha sido abade, morrendo finalmente na solidão.<span class=”seculo”>(† c. 1115)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>7.</strong>Em Paris, na França, Santo<strong>Eleázaro</strong><em>ou</em><strong>Eleázar de Sabran</strong>, conde de Ariano, que, observando a virgindade e todas as virtudes com sua esposa, a Beata Delfina, morreu na flor da idade.<span class=”seculo”>(† 1323)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>8*.</strong>Em Pistóia, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato<strong>Lourenço</strong><strong>de Ripafratta</strong>, presbítero da Ordem dos Pregadores, que observou fielmente durante sessenta anos a disciplina religiosa e foi assíduo na administração sacramental da Penitência.<span class=”seculo”>(† 1456)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>9*.</strong>Num sórdido barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, no litoral da França, o Beato<strong>João Baptista Laborier du Vivier</strong>, diácono e mártir, que, tempo de perseguição contra a Igreja, por causa do seu estado clerical foi condenado a cruel cativeiro, onde morreu consumido por grave enfermidade.<span class=”seculo”>(† 1794)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>10*.</strong>Em Sagunto, na Espanha, os beatos mártires<strong>José Fenollosa Alcayna</strong>, presbítero, e<strong>Fidel de Puzol</strong>(Mariano Climente Sanchis), religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que, durante o furor da perseguição religiosa, derramaram o seu sangue por Cristo.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>11*.</strong>Em Gilet, povoação da província de Valência, também na Espanha, as beatas mártires<strong>Francisca</strong><strong>Xavier de Rafelbunol</strong>(Maria Fenollosa Alcayna), da Ordem Terceira das Capuchinhas da Sagrada Família, e<strong>Hermínia</strong><strong>Martínez</strong><strong>Amigó</strong>, mãe de família, que, na mesma perseguição religiosa, confirmaram com o seu sangue a sua fidelidade ao Senhor.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>12♦.</strong> Em Lloret del Mar, perto de Gerona, também na Espanha, as beatas<strong>Madalena Fradera Ferragutcasas</strong>,<strong>Maria do Carmo Fradera Ferragutcasas</strong>e<strong>Maria Rosa Fradera Ferragutcasas</strong>, virgens da Congregação das Missionárias do Coração de Maria e mártires, que mereceram associar-se às núpcias eternas com seu Esposo, Jesus Cristo.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
