Santo André Kim e companheiros mártires da Coreia
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>A Igreja coreana foi fundada por leigos: eis a peculiaridade que a distingue das demais Igrejas. Segundo o Missal Romano, o Espírito sopra onde quer. Por isso, naquela estreita península, na extremidade oriental do mundo, o mesmo Espírito inspirou o coração de alguns homens, que abriram suas almas à nova fé, transmitida pelas delegações eclesiásticas chinesas, que visitavam a Coreia, anualmente, desde o início do século XVII.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Chegada de Sacerdotes à Coreia<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Com o passar do tempo, os sacerdotes iam à Coreia e levavam consigo escritos religiosos e livros para aprofundar a fé. No entanto, a comunidade nascente, cada vez mais fecunda e prometedora, começou a pedir a Pequim para mandar mais missionários às suas terras e foi atendida. O Padre Chu-mun-mo chegou à Coreia e, assim, tiveram início as celebrações litúrgicas.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>A Perseguição<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Entretanto, a prosperidade da fé da nova comunidade não passou despercebida. O governo coreano não via com bons olhos o novo culto, que levou ao país novos ritos, bem diferentes dos tradicionais. Assim, 1802, foi promulgado um édito estatal, que não proibia apenas a crença cristã, mas também mandava exterminar os cristãos.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>O primeiro a ser assassinado foi o único sacerdote chinês. Contudo, 1837, chegaram mais dois, acompanhados por um Bispo, pertencentes às Missões Estrangeiras de Paris,bora houvesse ainda perseguições.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>André Kim Taegon, primeiro sacerdote da Coreia<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>André foi um dos primeiros sacerdotes coreanos, nascidos e criados no país. Nasceu 1821, uma família convertida e muito fervorosa, tanto que seu pai transformou sua casa igreja doméstica, onde se reuniam muitos fiéis para ser batizados.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>André Kim respirava a fé, desde criança, e conheceu de perto o martírio precoce com a morte do seu pai, assassinado aos 44 anos. Tais episódios, porém, fortaleceram ainda mais a sua fé, a ponto de ir a Macau para receber a ordenação sacerdotal. Ao regressar à Coreia como diácono, 1844, favoreceu, às ocultas, a entrada no país do Bispo Ferréol. Juntos, trabalharam como missionários, sempre segredo, apesar do eterno clima de perseguição.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>André, de modo particular, conhecendo os costumes e a mentalidade locais, obteve resultados extraordinários seu apostolado. Contudo, foi descoberto e preso, por tentar enviar documentações e testemunhos para a Europa. Padre André Kim Taegon foi martirizado 16 de setembro de 1846.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Companheiros Mártires<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon. Neste dia, veneram-se na mesma celebração todos os cento e três mártires que na Coreia deram testemunho da fé cristã. Todos estes atletas de Cristo – entre os quais três bispos, oito presbíteros e todos os outros leigos: homens e mulheres, casados ou não, anciãos, jovens e crianças – suportando o suplício, consagraram com o seu precioso sangue os primórdios da Igreja na Coreia.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Paulo Chong Hasang, catequista peregrino<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>A história de Paulo é a de um herói da fé, pois, ainda jovem, presenciou ao martírio de metade da sua família. Paulo Chong, natural de Mahyan, nasceu 1795; foi preso, com sua mãe e irmã, e privado de todos os seus bens. Ao readquirir a sua liberdade, sua fé ficou mais forte do que nunca; transferiu-se para Seul, onde se uniu à comunidade cristã local, com a qual trabalhou muito, obtendo novas conversões. Sozinho e a pé, apesar das enormes dificuldades, fez pelo menos 15 peregrinações à China, comprometendo-se para levar sacerdotes e missionários às terras coreanas de Pequim. Hospedado na casa do Bispo francês de Imbert, que ajudou a entrar na Coreia, recebeu o convite para ser sacerdote. Porém, Paulo foi preso, durante as perseguições anticristãs, e martirizado 22 de setembro de 1839.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Via de Santificação<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>A canonização ocorreu 06 de maio de 1984, pelo Papa João Paulo II. Determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Minha oração<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”><i>”Pedimos a intercessão dos mártires pelo povo coreano e seus descendentes, pedimos pelo país e seus governantes, para que sejam conforme os valores cristãos e a fé possa florescer nessa região através desse testemunho. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!”</i></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós!</b></span></p>
<p></p>
<p style=”text-align: center;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Outros santos e beatos celebrados 20 de setembro</b></span></p>
<h2 style=”text-align: center;”><a href=”https://www.liturgia.pt/martirologio/elogio.php?data=2024-9-4#” target=”_blank” rel=”noopener”><span class=”seculo”>Martirológio Romano</span></a><br />
<span class=”byline”>Secretariado Nacional de Liturgia</span></h2>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>1.</strong>Comemoração de São<strong>Moisés</strong>, profeta, que Deus escolheu para libertar o seu povo do Egipto e conduzi-lo à terra prometida; no monte Sinai revelou-lhe o seu nome, dizendo: «Eu sou o que sou», e deu-lhe a lei que devia reger a vida do povo eleito. Este servo de Deus morreu com avançada idade no monte Nebo, na terra de Moab, diante da terra da promessa.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>2.</strong>Em Cabillonum, na Gália Lionense, hoje Chalon-sur-Saône, na França, São<strong>Marcelo</strong>, mártir.<span class=”seculo”>(† s. III/IV)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>3.</strong>Em Roma, no cemitério de Máximo, junto à Via Salária, o sepultamento de São<strong>Bonifácio I</strong>, papa, que conseguiu resolver muitas controvérsias sobre a disciplina eclesiástica.<span class=”seculo”>(† 422)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>4*.</strong>Em Chartres, na Nêustria, actualmente na França, São<strong>Calétrico</strong>, bispo.<span class=”seculo”>(† a. 573)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>5*.</strong>Em Heresfeld, na Saxónia, actualmente na Alemanha, Santa<strong>Ida</strong>, viúva do duque Egberto, insigne pela sua caridade para com os pobres e oração assídua.<span class=”seculo”>(† 825)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>6*.</strong>Em Mende, na Aquitânia, actualmente na França, São<strong>Fredaldo</strong>, bispo e mártir.<span class=”seculo”>(† c. s. IX)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>7*.</strong>Em Colónia, na Lotaríngia, hoje na Alemanha, Santa<strong>Irmgarda</strong>ou<strong>Irmengarda</strong>, condessa de Süchteln, que ofereceu todos os seus bens para a construção de igrejas.<span class=”seculo”>(† c. 1089)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>8.</strong>Em Palermo, na Sicília, região da Itália, Santa<strong>Rosália</strong>, virgem, de quem se narra ter seguido vida solitária no monte Peregrino.<span class=”seculo”>(† s. XII)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>9*.</strong>Em Caramagna, no Piemonte, também região da Itália, a Beata<strong>Catarina</strong><strong>Mattei</strong>, virgem, religiosa das Irmãs da Penitência de São Domingos, que suportou com admirável caridade e grande virtude a longa enfermidade, as calúnias e todas as tentações.<span class=”seculo”>(† 1547)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>10♦. </strong>Em Thúsis, localidade da Récia, hoje na Suíça, o Beato<strong>Nicolau Rusca</strong>, presbítero e mártir, homem de profunda cultura e generosa dedicação pastoral, que morreu vítima dos conflitos politico-religiosos do seu tempo.<span class=”seculo”>(† 1618)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>11*.</strong>Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato<strong>Cipião Jerónimo Brigéat de Lambert</strong>, presbítero e mártir, cónego de Avranches, que, na perseguição religiosa durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi aprisionado na galera condições desumanas e aí morreu de fome e inanição.<span class=”seculo”>(† 1794)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>12*.</strong>Em Sillery, cidade do Québec, província do Canadá, a Beata<strong>Maria de Santa Cecília Romana</strong>(Maria Dina Bélanger), virgem da Congregação das Religiosas de Jesus e Maria, que suportou durante vários anos uma grave enfermidade, confiando só Deus.<span class=”seculo”>(† 1929)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>13*.</strong>Em Oropesa, próximo de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato<strong>José Pascoal Carda Saporta</strong>, presbítero da Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, ódio à religião foi conduzido ao glorioso martírio.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>14*.</strong>Em Teulada, povoação próxima de Alicante, também na Espanha, o Beato<strong>Francisco Sendra Ivars</strong>, presbítero e mártir, que padeceu o martírio na mesma perseguição contra a fé.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>15*.</strong>Próximo de Genovés, povoação da província de Valência, também na Espanha, o Beato<strong>Bernardo de Lugar Nuevo de Fenollet</strong>(José Bleda Grau), religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, na mesma perseguição, venceu gloriosamente o seu combate por Cristo.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>16♦.</strong>Em Villanueva del Arzobispo, perto de Jaén, também na Espanha, o Beato<strong>José de Jesus</strong><strong>Maria</strong>(José Vicente Hormaechea y Apoitia), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
