13/09/2025

Santo André Kim e companheiros mártires da Coreia

<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>A Igreja coreana foi fundada por leigos: eis a peculiaridade que a distingue das demais Igrejas. Segundo o Missal Romano, o Espírito sopra onde quer. Por isso, naquela estreita península, na extremidade oriental do mundo, o mesmo Espírito inspirou o coração de alguns homens, que abriram suas almas à nova fé, transmitida pelas delegações eclesiásticas chinesas, que visitavam a Coreia, anualmente, desde o início do século XVII.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Chegada de Sacerdotes à Coreia<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Com o passar do tempo, os sacerdotes iam à Coreia e levavam consigo escritos religiosos e livros para aprofundar a fé. No entanto, a comunidade nascente, cada vez mais fecunda e prometedora, começou a pedir a Pequim para mandar mais missionários às suas terras e foi atendida. O Padre Chu-mun-mo chegou à Coreia e, assim, tiveram início as celebrações litúrgicas.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>A Perseguição<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Entretanto, a prosperidade da fé da nova comunidade não passou despercebida. O governo coreano não via com bons olhos o novo culto, que levou ao país novos ritos, bem diferentes dos tradicionais. Assim, 1802, foi promulgado um édito estatal, que não proibia apenas a crença cristã, mas também mandava exterminar os cristãos.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>O primeiro a ser assassinado foi o único sacerdote chinês. Contudo, 1837, chegaram mais dois, acompanhados por um Bispo, pertencentes às Missões Estrangeiras de Paris,bora houvesse ainda perseguições.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>André Kim Taegon, primeiro sacerdote da Coreia<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>André foi um dos primeiros sacerdotes coreanos, nascidos e criados no país. Nasceu 1821, uma família convertida e muito fervorosa, tanto que seu pai transformou sua casa igreja doméstica, onde se reuniam muitos fiéis para ser batizados.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>André Kim respirava a fé, desde criança, e conheceu de perto o martírio precoce com a morte do seu pai, assassinado aos 44 anos. Tais episódios, porém, fortaleceram ainda mais a sua fé, a ponto de ir a Macau para receber a ordenação sacerdotal. Ao regressar à Coreia como diácono, 1844, favoreceu, às ocultas, a entrada no país do Bispo Ferréol. Juntos, trabalharam como missionários, sempre segredo, apesar do eterno clima de perseguição.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”>André, de modo particular, conhecendo os costumes e a mentalidade locais, obteve resultados extraordinários seu apostolado. Contudo, foi descoberto e preso, por tentar enviar documentações e testemunhos para a Europa. Padre André Kim Taegon foi martirizado 16 de setembro de 1846.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Companheiros Mártires<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon. Neste dia, veneram-se na mesma celebração todos os cento e três mártires que na Coreia deram testemunho da fé cristã. Todos estes atletas de Cristo – entre os quais três bispos, oito presbíteros e todos os outros leigos: homens e mulheres, casados ou não, anciãos, jovens e crianças – suportando o suplício, consagraram com o seu precioso sangue os primórdios da Igreja na Coreia.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Paulo Chong Hasang, catequista peregrino<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>A história de Paulo é a de um herói da fé, pois, ainda jovem, presenciou ao martírio de metade da sua família. Paulo Chong, natural de Mahyan, nasceu 1795; foi preso, com sua mãe e irmã, e privado de todos os seus bens. Ao readquirir a sua liberdade, sua fé ficou mais forte do que nunca; transferiu-se para Seul, onde se uniu à comunidade cristã local, com a qual trabalhou muito, obtendo novas conversões. Sozinho e a pé, apesar das enormes dificuldades, fez pelo menos 15 peregrinações à China, comprometendo-se para levar sacerdotes e missionários às terras coreanas de Pequim. Hospedado na casa do Bispo francês de Imbert, que ajudou a entrar na Coreia, recebeu o convite para ser sacerdote. Porém, Paulo foi preso, durante as perseguições anticristãs, e martirizado 22 de setembro de 1839.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Via de Santificação<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”>A canonização ocorreu 06 de maio de 1984, pelo Papa João Paulo II. Determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Minha oração<br />
</b></span><span style=”font-size: 12pt;”><i>”Pedimos a intercessão dos mártires pelo povo coreano e seus descendentes, pedimos pelo país e seus governantes, para que sejam conforme os valores cristãos e a fé possa florescer nessa região através desse testemunho. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!”</i></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós!</b></span></p>
<p></p>
<p style=”text-align: center;”><span style=”font-size: 12pt;”><b>Outros santos e beatos celebrados 20 de setembro</b></span></p>
<h2 style=”text-align: center;”><a href=”https://www.liturgia.pt/martirologio/elogio.php?data=2024-9-4#” target=”_blank” rel=”noopener”><span class=”seculo”>Martirológio Romano</span></a><br />
<span class=”byline”>Secretariado Nacional de Liturgia</span></h2>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>1.</strong>Comemoração de São<strong>Moisés</strong>, profeta, que Deus escolheu para libertar o seu povo do Egipto e conduzi-lo à terra prometida; no monte Sinai revelou-lhe o seu nome, dizendo: «Eu sou o que sou», e deu-lhe a lei que devia reger a vida do povo eleito. Este servo de Deus morreu com avançada idade no monte Nebo, na terra de Moab, diante da terra da promessa.</span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>2.</strong>Em Cabillonum, na Gália Lionense, hoje Chalon-sur-Saône, na França, São<strong>Marcelo</strong>, mártir.<span class=”seculo”>(† s. III/IV)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>3.</strong>Em Roma, no cemitério de Máximo, junto à Via Salária, o sepultamento de São<strong>Bonifácio I</strong>, papa, que conseguiu resolver muitas controvérsias sobre a disciplina eclesiástica.<span class=”seculo”>(† 422)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>4*.</strong>Em Chartres, na Nêustria, actualmente na França, São<strong>Calétrico</strong>, bispo.<span class=”seculo”>(† a. 573)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>5*.</strong>Em Heresfeld, na Saxónia, actualmente na Alemanha, Santa<strong>Ida</strong>, viúva do duque Egberto, insigne pela sua caridade para com os pobres e oração assídua.<span class=”seculo”>(† 825)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>6*.</strong>Em Mende, na Aquitânia, actualmente na França, São<strong>Fredaldo</strong>, bispo e mártir.<span class=”seculo”>(† c. s. IX)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>7*.</strong>Em Colónia, na Lotaríngia, hoje na Alemanha, Santa<strong>Irmgarda</strong>ou<strong>Irmengarda</strong>, condessa de Süchteln, que ofereceu todos os seus bens para a construção de igrejas.<span class=”seculo”>(† c. 1089)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>8.</strong>Em Palermo, na Sicília, região da Itália, Santa<strong>Rosália</strong>, virgem, de quem se narra ter seguido vida solitária no monte Peregrino.<span class=”seculo”>(† s. XII)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>9*.</strong>Em Caramagna, no Piemonte, também região da Itália, a Beata<strong>Catarina</strong><strong>Mattei</strong>, virgem, religiosa das Irmãs da Penitência de São Domingos, que suportou com admirável caridade e grande virtude a longa enfermidade, as calúnias e todas as tentações.<span class=”seculo”>(† 1547)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>10♦. </strong>Em Thúsis, localidade da Récia, hoje na Suíça, o Beato<strong>Nicolau Rusca</strong>, presbítero e mártir, homem de profunda cultura e generosa dedicação pastoral, que morreu vítima dos conflitos politico-religiosos do seu tempo.<span class=”seculo”>(† 1618)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>11*.</strong>Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato<strong>Cipião Jerónimo Brigéat de Lambert</strong>, presbítero e mártir, cónego de Avranches, que, na perseguição religiosa durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi aprisionado na galera condições desumanas e aí morreu de fome e inanição.<span class=”seculo”>(† 1794)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>12*.</strong>Em Sillery, cidade do Québec, província do Canadá, a Beata<strong>Maria de Santa Cecília Romana</strong>(Maria Dina Bélanger), virgem da Congregação das Religiosas de Jesus e Maria, que suportou durante vários anos uma grave enfermidade, confiando só Deus.<span class=”seculo”>(† 1929)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>13*.</strong>Em Oropesa, próximo de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato<strong>José Pascoal Carda Saporta</strong>, presbítero da Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, ódio à religião foi conduzido ao glorioso martírio.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>14*.</strong>Em Teulada, povoação próxima de Alicante, também na Espanha, o Beato<strong>Francisco Sendra Ivars</strong>, presbítero e mártir, que padeceu o martírio na mesma perseguição contra a fé.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>15*.</strong>Próximo de Genovés, povoação da província de Valência, também na Espanha, o Beato<strong>Bernardo de Lugar Nuevo de Fenollet</strong>(José Bleda Grau), religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, na mesma perseguição, venceu gloriosamente o seu combate por Cristo.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>
<p style=”text-align: justify;”><span style=”font-size: 12pt;”><strong>16♦.</strong>Em Villanueva del Arzobispo, perto de Jaén, também na Espanha, o Beato<strong>José de Jesus</strong><strong>Maria</strong>(José Vicente Hormaechea y Apoitia), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir.<span class=”seculo”>(† 1936)</span></span></p>

Data

set 20 2030

Tempo

Evento o Dia Todo

Categoria

QR Code

Deixe um comentário

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais