Antônio Pedro Figueira de Mello disse que pessoas com necessidades especiais não são o público-alvo da Copa do Mundo. O secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Melo, disse que não existe planejamento específico para receber pessoas com deficiência durante a Copa do Mundo porque os deficientes não são o público-alvo do evento. Como o Rio de Janeiro sediará as Olimpíadas e as Paralimpíadas em dois anos, a CBN conversou com o secretário para saber se o legado do Mundial poderia ser aproveitado para os Jogos de 2016. Segundo o Censo, em 2000, o Brasil tinha 14,5% da população
com algum tipo de deficiência mental, auditiva, visual ou motora. Atualmente, o número de pessoas surdas no país chega a seis milhões.
No entanto, para Antônio Pedro Figueira de Melo, o deficiente não é o público-alvo da Copa: “A gente analisa muito o público que vem para um evento como esse e o público que vem para a Copa não é este”.
Teresa Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência se manifestou contra a posição do secretário:
“Esta declaração foi das mais absurdas que eu já ouvi nos últimos tempos. O brasileiro tem direito de ir à Copa e de transitar na cidade. O deficiente é brasileiro.”
Ainda de acordo com o secretário de Turismo, embora a cidade vá receber durante a Copa quase um milhão de turistas, sendo 400 mil estrangeiros, não é importante que os taxistas sejam treinados para falar inglês. Questionado se esses profissionais estão preparados para lidar com os turistas durante o mundial, Antonio Pedro disse que o domínio da língua estrangeira não é uma obrigação.
“Acho que eles (os taxistas) não precisam ter essa preparação toda. A gente está no Brasil. A nossa língua é o português. A gente tem que saber firmar a nossa língua também. As pessoas aqui não têm que saber inglês, elas têm que saber se comunicar, por isso a gente criou cartilhas para ajudar os taxistas”.
Além dos postos móveis, os turistas terão acesso às informações sobre os jogos, mobilidade e locais turísticos através de um hotsite e um aplicativo que serão montados pela prefeitura. Também serão distribuídos materiais impressos, que poderão ser encontrados em hotéis, restaurantes, museus e albergues.
A cidade do Rio de Janeiro deve movimentar mais de R$ 1 bilhão durante a Copa do Mundo. A partir do início de junho, vão começar a funcionar 17 postos móveis de informações sobre dias e horários dos jogos, pontos turísticos da cidade e mobilidade.
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