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Transcel aumenta frota em Mogi

Os 12 ônibus substituídos anteontem pela Transcel por modelos zero quilômetro voltam a integrar a frota a partir de hoje, ampliando para 162 os veículos da concessionária no sistema. O objetivo é evitar atrasos e superlotação, problemas que os usuários do transporte público em Mogi enfrentam desde que a outra concessionária, a Mito, teve 55 coletivos apreendidos pela Justiça.

Dos veículos que retomam a operação, cinco vão ficar de apoio nos terminais e outros sete reforçarão o atendimento nos horários de pico das linhas com grande demanda de passageiros, como as que levam ao Jardim Layr e Quatinga.

O secretário municipal de Transportes, Nobuo Aoki Xiol, explicou que a estratégia de deixar os coletivos como suporte visa cobrir eventuais problemas que podem acontecer no “meio do caminho”, como obras e acidentes, e que acabam resultando nos atrasos.

As informações foram divulgadas por ele e pelo diretor operacional de transportes da Transcel, João Holanda, durante apresentação dos 12 novos veículos adquiridos pela empresa, na manhã de ontem, no Centro de Iniciação Profissional (CIP), no Mogilar.

Os ônibus são equipados com elevadores para acessibilidade dos portadores de necessidades especiais. Somado aos seis, também da Transcel e que já atuam no sistema, a Cidade conta agora com 18 coletivos, atingindo o índice de 10% de veículos adaptados da frota. (Confira as linhas atendidas em quadro nesta página).

Pelo menos outros 10 já estão na garagem da concessionária e devem entrar em circulação até o final deste mês. Além disso, mais cinco já foram adquiridos. No total, o investimento da empresa é de R$ 6 milhões. Novas melhorias são prometidas.

A iniciativa da Transcel, segundo pontuou Holanda, abrange três pontos: renovação da frota, ampliação e atendimento aos deficientes.

O secretário municipal de Transportes, Nobuo Aoki Xiol, destacou que com a chegada dos ônibus com elevadores, Mogi se insere entre as poucas cidades brasileiras com um percentual de 10% dos ônibus adaptados. Ele citou dados do Ministério das Cidades em que a média nacional é de apenas 2%. “Até o final do mês, chegaremos aos 16% (com a inclusão de mais 10 coletivos, somando um total de 28)”, enfatizou.

A chegada dos ônibus atende a uma antiga reivindicação do Conselho Municipal para Assuntos das Pessoas com Deficiência. “Foi o melhor presente de despedida que a Prefeitura poderia ter. Ver que está se transformando em realidade toda a nossa luta”, destacou Wilson Gomiero, que deixa hoje o cargo de presidente do Conselho.

Ele lembrou de toda a batalha do grupo. “É um avanço de 200%. Isso significa que o deficiente tem plena condição de sair de sua casa e ir para Mogi inteiro”, pontuou.

A medida antecipa também o decreto federal de 2004, que estipula prazo de 10 anos para toda a frota do País estar adaptada.

Mito

Questionado sobre a situação da Mito, Xiol reiterou a garantia dada pelo prefeito Junji Abe, na semana passada, de que até o final de seu mandato a situação será resolvida definitivamente. “Quando ele (Junji) fala que vai resolver, resolve mesmo”.

A situação da concessionária da família Eroles voltou a se agravar no primeiro semestre deste ano, quando a empresa teve 55 veículos apreendidos. A Prefeitura instaurou um processo administrativo para analisar a possibilidade de quebra do contrato com a Mito, que será concluído no final de outubro.

A Mito tenta na Justiça anular o procedimento, embora continue com a frota irregular, com apenas 28 carros em circulação e outros três de reserva técnica.

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