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O direito de ir e vir dos deficientes físicos
Há muitas pessoas em busca de inclusão na sociedade: negros, homossexuais, pessoas de baixa renda e, principalmente, deficientes físicos. O preconceito na sociedade ainda existe. Por isso, é importante bater sempre na tecla da inclusão social. É um termo amplo, utilizado em contextos diferentes, em referência a questões sociais variadas. De modo geral, usado para fazer referência à inserção de pessoas com algum tipo de deficiência nas escolas de ensino regular ou no mercado de trabalho,
Dispositivos e aplicativos ajudam o deficiente visual a usar o computador
Engana-se quem pensa que um deficiente visual não pode usar o computador ou mexer em uma tela touchscreen, sensível ao toque. Pelo contrário, a tecnologia facilita a essas pessoas escreverem, lerem livros e até assistirem a filmes. Atualmente, diversos softwares — conhecidos como leitores de tela — transformam em áudio todo o conteúdo escrito na tela.
O professor de retórica Victor Caparica, de 30 anos, que perdeu a visão aos 22 anos em um acidente, faz uso dessas tecnologias. Ele considera o iPhone como uma espécie de “renascença para os cegos”. “A quantidade de acessibilidade que ele trouxe ajudou muito a gente. Para o deficiente visual, existem diversas opções”, conta. A habilidade com o teclado adquirida antes de perder a visão facilitou sua adaptação e, sendo fã de tecnologia, ele rapidamente se acostumou aos leitores de tela e hoje consegue montar slides, estudar, escrever, ler livros, assistir a filmes e, claro, participar das redes sociais.
MP intervém em escolas que se negam a aceitar crianças com deficiência
O período de matrículas escolares precisa de atenção especial principalmente dos pais de alunos com deficiência, isso porque algumas escolas particulares de Teresina se negam a aceitar essas crianças e alegam não haver estrutura na escola, iniciando assim a intervenção do Ministério Público Estadual para a resolução do impasse.
Somente neste ano, três foram os casos de escolas que se negaram a realizar a matrícula de alunos com algum tipo de deficiência. Dois casos aconteceram ainda em novembro, os pais dos alunos procuraram a promotora Myrian Lago (foto) para intervir junto aos colégios.
"Existe aquela dificuldade quando a criança não é tida como normal. Infelizmente acontece muito em Teresina. A ação do Ministério Público é tentar mostrar a escola que a criança tem que ser matriculada e a escola tem que oferecer o aparato especializado para atender as necessidades delas", explicou Myrian Lago.
A lei em vigor desde 2007 afirma que crianças deficientes devem frequentar colégios normais, ou seja, estudar com alunos que não possuem deficiência. De acordo com a promotora, crianças não possuem preconceito, “isso quem tem são os adultos, por isso a importância da criança frequentar a escola com outras crianças ditas normais desde pequenas”.
Aposentado com deficiência física constrói o próprio carro, em Fortaleza
Portador de doença crônica demorou um ano para montar o veículo. Inventor quer ampliar o carro para transportar toda a família.
O aposentado Vilton Fernandes, portador de uma doença crônica que fez com que amputasse duas pernas e parte do braço, cansou de depender dos outros para se transportar e decidiu construir um carro por conta própria. O homem de 48 anos teve essa ideia em 2008, quando encontrou a carcaça de um veículo no lixão do Bairro Bom Jardim, em Fortaleza. “Sempre fui inquieto e tive a necessidade de algo para me locomover, além da cadeira de rodas”, afirma Fernandes.
O carro de Fernandes demorou um ano para ficar pronto. A estrutura foi montada com a colaboração de mecânicos e pelas mãos dele e da mulher. “Eu mesmo cortei os ferros e fiz o teto com zincos e canos junto com a minha mulher”, explica. O motor é de motocicleta, a direção veio de um Fiat e o parabrisa, da traseira de um fusca. E tudo foi adaptado às necessidades especiais do motorista.
Cota para deficiente gera nova disputa
O espaço reservado a deficientes físicos em arenas da Copa do Mundo de 2014 transformou-se em polêmica envolvendo autoridades públicas brasileiras sobre os direitos de minorias no evento. A lei nacional prevê número de lugares bem maior que as normas internacionais e que os projetos das arenas. A diferença chega a até 11 vezes mais, como no Maracanã.
Nesta semana haverá reunião sobre o tema entre as cidada-sedes da Copa e o governo. O assunto se arrasta há seis meses, desde que o ministério alertou os donos dos estádios da necessidade de seguir a lei. Enquanto isso, as obras continuaram sem alterações nos projetos.